O resultado líquido das cinco maiores seguradoras que operam no mercado cresceram 28% para 19.253 milhões Kz em 2023 face a 2022, cujos resultados líquidos foram de 15.097 milhões Kz de acordo com os cálculos do Expansão com base nos relatórios e contas de 2023. Os prémios brutos emitidos pelas mesmas seguradoras registaram um crescimento de 20% para 272. 330 milhões Kz.

A Nossa Seguros mantém na liderança no ranking por resultado líquido do exercício ao passar de 6.841 milhões Kz em 2022 para 8.396 milhões este ano, um crescimento de 23%. De acordo com o PCE da seguradora, Alexandre Carreira, 2023 foi o ano que encerrou um ciclo estratégico que durou quatro anos, durante os quais se procedeu à definição e à implementação do plano estratégico, denominado WIN20.23, cuja ambição definida foi a de disputar a liderança do mercado, proporcionando a melhor experiência e satisfação ao cliente. "Sentimo-nos orgulhosos pelo trabalho que temos feito e prosseguiremos focados na experiência e na satisfação das necessidades das empresas e das famílias", disse. Outro destaque vai para Mundial Seguros que viu os seus lucros dispararem de 390 milhões Kz em 2022 para 5.613 milhões Kz em 2023.

Este resultado positivo é explicado pelo aumento substancial dos prémios na ordem dos 108%, co maior impacto no ramo vida que conta com um peso relativo de 86% sobre o total da carteira de negócio, bem como do crescimento da carteira de investimentos em 215% face ao exercício anterior. Recorde-se que a seguradora faz parte do BPC e inseriu o seguro de vida nos créditos concedidos pelo banco às famílias, sendo um requisito a cumprir por parte do solicitante.

Já a ENSA, desde 2022 não tem tido grande crescimento em termos de lucros e de prémio brutos emitidos, aliás tem perdido quota de mercado nos dois últimos anos, passando de 37,19% em 2020 para 30,59% em 2022, embora mantenha a liderança do mercado. A seguradora continua num processo de privatização de" anda e pára".

A Fidelidade Angola obteve um resultado líquido no valor de 587,8 milhões de Kz, que representa um decréscimo de 66,8% face ao exercício anterior, quando teve 1.769 milhões Kz. A seguradora justifica que este decréscimo está directamente ligado à fortíssima depreciação do Kwanza durante o exercício de 2023 que interrompeu o ciclo de apreciação contínua que de imediato fez disparar o custo médio de sinistro em dois dos mais relevantes ramos da indústria seguradora, saúde e automóvel. A Sanlam Seguros Angola foi a única do top five que registou um resultado líquido negativo, de 2.346 milhões Kz.