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Produção industrial em Angola com maior subida em seis anos

EXTRACÇÃO DE PETRÓLEO A RECUPERAR TERRENO NO II TRIMESTRE

A extracção de petróleo, que sozinha vale 85,3% do IPI, cresceu 4,5% e a extracção de diamantes subiu 61,4% face ao II trimestre de 2021, ano em que a economia angolana regressou ao crescimento. Já a produção nas indústrias transformadoras cresceu 6,8% à conta da indústria alimentar.

A produção industrial em Angola está há cinco trimestres consecutivos em terreno positivo e registou um crescimento de 6,0% no II trimestre deste ano face ao período homólogo, a maior subida do índice em seis anos e meio, indicam os dados do relatório sobre o Índice de Produção Industrial (IPI) do Instituto Nacional de Estatística (INE).

A contribuir para este crescimento esteve, sobretudo, a evolução da produção nas indústrias extractivas, que valem 87,2% do IPI. Nesta categoria, a extracção de petróleo (que sozinha vale 85,3% do IPI) cresceu 4,5% face ao II trimestre de 2021, e a extracção de diamantes subiu 61,4%.

Já a produção nas indústrias transformadoras, que valem 10,1% do índice, também cresceu 6,8% em termos homólogos, com destaque para as indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco (valem 5,6% do IPI), cuja produção cresceu 13,9%. Ainda nesta categoria do IPI, destaque para a subida de 2,5% nas indústrias de madeira. Mas nem só de crescimento se fez o II trimestre nas indústrias extractivas, já que a produção caiu nas indústrias metalúrgicas (-3,3%), na fabricação de produtos petrolíferos, químicos e outros (-3,1%), na fabricação de pastas de papel, edição e impressão (-1,6%) e na fabricação de têxteis, vestuários e calçados (-0,4%).

O Índice de Produção Industrial é um indicador que mede a evolução da estrutura do valor acrescentado na indústria, em termos de volume de produção. Mede a produção em quatro categorias: nas indústrias extractiva e nas transformadoras, mas também na distribuição de electricidade, gás e vapor (cresceu 4,7%) e, por fim, na captação, tratamento e distribuição de água e saneamento (subiu 3,3%). Este inquérito mede também a produção em relação a bens intermédios, bens de consumo e produtos de energia.

Em relação à produção de bens intermédios, que são os produtos utilizados no processo de produção de produtos acabados, caiu 3,2%, o que olhando para o crescimento da produção da indústria extractiva só pode significar que o país aumentou a importação de matérias-primas para garantir esse crescimento da produção. Já a produção de bens de consumo cresceu 12,3%, enquanto os produtos de energia cresceram 4,6% em termos homólogos.

(Leia o artigo integral na edição 694 do Expansão, de sexta-feira, dia 30 de Setembro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)