RH com amor: O coração da gestão empresarial
Em vez de enxergar os funcionários como simples recursos a serem utilizados para atingir metas, devemos vê-los como seres humanos completos, com aspirações, necessidades e emoções. Isso implica adoptar práticas de gestão que promovam a empatia, a compaixão e o apoio mútuo.
Na dinâmica acelerada do mundo empresarial, onde metas, números e lucros muitas vezes dominam a cena, é fácil perder de vista o elemento humano que impulsiona todas as operações: as pessoas. No entanto, uma abordagem centrada no amor pode transformar radicalmente a maneira como gerenciamos os recursos humanos numa organização.
Ao falar de amor, no contexto empresarial, não nos referimos apenas a sentimentos românticos ou utopias inatingíveis. Estamos a falar de um amor prático, um compromisso genuíno com o bem-estar, desenvolvimento e sucesso dos colaboradores. Esse tipo de amor cria uma cultura organizacional onde os funcionários se sentem valorizados, respeitados e motivados a darem o seu melhor.
Em vez de enxergar os funcionários como simples recursos a serem utilizados para atingir metas, devemos vê-los como seres humanos completos, com aspirações, necessidades e emoções. Isso implica adoptar práticas de gestão que promovam a empatia, a compaixão e o apoio mútuo. Significa reconhecer e celebrar as contribuições individuais de cada membro da equipa e criar um ambiente onde todos se sintam parte de algo maior do que eles mesmos.
Gerir recursos humanos com amor também implica investir no desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores. Isso vai além de simplesmente oferecer treinamentos técnicos; significa fornecer apoio e orientação para que cada pessoa possa alcançar seu pleno potencial. É sobre criar oportunidades de aprendizagem, mentorias e feedback construtivo que ajudem os funcionários a crescer e desenvolver- -se continuamente. Além disso, uma abordagem amorosa na gestão de recursos humanos valoriza a diversidade e a inclusão. Reconhece e celebra as diferenças individuais, criando um ambiente onde todos se sintam bem-vindos e respeitados, independentemente da sua origem, género, orientação sexual ou qualquer outra característica.
Por fim, gerir recursos humanos com amor significa também cuidar do bem-estar físico e emocional dos colaboradores. Isso envolve oferecer programas de saúde e bem-estar, incentivar um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal, e estar atento às necessidades individuais de cada membro da equipa.
Em resumo, gerir recursos humanos com amor não é apenas uma escolha ética, mas também uma estratégia inteligente para o sucesso empresarial a longo prazo. Quando as pessoas se sentem amadas e valorizadas nos seus locais de trabalho, elas são mais engajadas, produtivas e leais. E é essa conexão humana que verdadeiramente impulsiona o crescimento e a sustentabilidade de qualquer organização.
Hoje, encerro um ciclo de seis anos como colunista do estimado jornal económico "Expansão". Nestes 60 artigos, busquei incansavelmente compartilhar a minha visão sobre o desenvolvimento de recursos humanos, principalmente em Angola, abordando uma ampla gama de tópicos, desde recrutamento até despedimento, normas de conduta, processos disciplinares, práticas de responsabilidade social e muitos outros aspectos da gestão do capital humano. Para mim, esta não foi apenas uma jornada profissional, mas uma dedicação à minha carreira. Encarei cada momento como uma oportunidade de crescimento, elevando constantemente a minha trajetória com alegria e progressão. Não me vejo apenas como alguém que trabalha num emprego, mas como um profissional que abraça diversas profissões ao longo da vida, enriquecendo assim a minha jornada.
Despeço-me agora deste jornal que foi palco do "RH com Amor". Aqui encontrei inspiração para muitos e, talvez, um desafio para outros. Desde o primeiro artigo, busquei imprimir minha voz de forma inovadora, criativa e fora da caixa ao abordar um tema tão sério e muitas vezes retratado com tons cinzentos. Escrever com amor transformou os artigos publicados neste espaço em algo vivo, dinâmico e cheio de cor.
Leia o artigo integral na edição 766 do Expansão, de sexta-feira, dia 08 de Março de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)