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Gestão

Armadilhas na gestão da cultura organizacional

EM ANÁLISE

Gestores de discurso moderno, porém com práticas danosas, mantêm culturas inflexíveis e sem inovação. As transformações não dizem respeito a tecnologia, mas sim às pessoas, pois são elas que fazem a cultura organizacional. Ausência de transformação cultural significa ausência de transformação cultural.

Constantemente somos desafiados pelo tema: mudanças, quer na vida pessoal, quer profissional. Mudanças algumas delas estrategicamente planeadas, outras tão pouco, somos surpreendidos quando menos esperamos e nos desinstalam da zona de conforto. O medo da mudança, muitas vezes, faz-nos paralisar, quando deveríamos tomar a decisão de posicionarmo-nos diante dos desafios.

As armadilhas do mundo corporativo forjam a cultura organizacional. Uma das maneiras de perceber é o comportamento organizacional repetitivo, ou seja, os processos estão de tal forma "impregnados" na maneira de transaccionar que parece fazer parte daquela organização. Morosidade no tratamento do expediente, ausência de acompanhamento e supervisão dos processos, falha de controlo e alertas de possíveis riscos aos processos, ausência de resposta aos pedidos formulados, erros cometidos por muitas organizações e que, consequentemente, devoram qualquer estratégia.

De acordo com os autores Sandro Magaldi e José Salibi Neto, "a cultura de uma empresa é o conjunto de crenças e valores. Numa tradição sintética e certeira, é o jeito com que ela faz as coisas acontecerem". A cultura organizacional precisa ser vivenciada e reconhecida por todos os que integram a organização. Ela precisa ser alimentada para que floresça. Planos estratégicos alinhados à cultura da organização são âncoras de apoio e de posicionamento das suas pessoas. Caso contrário, como diz Peter Druker, "a cultura devora a estratégia no café da manhã".

Medir, avaliar, monitorar e acompanhar os indicadores de performance são ferramentas que podem auxiliar no controle e mitigação dos inúmeros riscos operacionais, para além da necessidade de contratação de serviços para mapeamento do DNA organizacional, porque ao longo do tempo as organizações adoecem por não alimentarem a sua cultura. A cultura não cresce sozinha, precisa de investimento e empenho. Para tal, é importante ouvir o que as suas pessoas dizem dela no exterior da sua organização. Existem valores que são inegociáveis e devem estar alinhados.

(Leia o artigo integral na edição 694 do Expansão, de sexta-feira, dia 30 de Setembro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)