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Vantagens e desvantagens do comércio electrónico

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O comércio online tornou-se um dos mais importantes pilares da era da Internet em todo o mundo, e Angola não é excepção.

Pouco a pouco, vão surgindo algumas lojas de venda directa estritamente nacionais, o que permite a utilização de meios de pagamento locais - para quem não dispõe de cartões de crédito com acesso a pagamentos internacionais - e agiliza as entregas.

Já existem em Angola sítios na Internet onde é possível efectuar compras online e receber os produtos directamente, no conforto do seu lar ou no local de trabalho.

Pelo mundo fora, o comércio electrónico tem guiado o empreendedorismo, a criatividade e também os lucros de quem aposta neste tipo de negócio, a níveis que não era possível prever. O comércio online resume-se à realização de negócios através da Internet, com a ajuda de computadores ligados uns aos outros, formando uma rede, que dispensam a necessidade de existirem intermediários 'humanos', o que minimiza o potencial erro humano.

As vendas globais de comércio electrónico aumentaram mais de 15% ao ano nos últimos cinco anos e não mostram sinais de abrandamento. Tradicionalmente, o mercado norte-americano foi o maior em número total de vendas, mas foi superado pela região Ásia-Pacífico pela primeira vez em 2014.

Com os avanços no transporte marítimo e transporte de mercadorias global, é cada vez mais fácil transportar produtos de uma empresa em qualquer lugar do mundo. Não há necessidade de lojas físicas para quem decide vender exclusivamente online, o que reduz drasticamente os seus custos gerais.

Um dos factores de sucesso para optimizar de forma eficiente um site para que este apareça tanto quanto possível nos primeiros lugares dos principais motores de busca é utilizar uma combinação de palavras-chave relevantes para maximizar a sua visibilidade. Desta forma, é possível aumentar o tráfego do site e o seu potencial de vendas.

Cerca de 58% das pessoas começam as suas compras online a partir de uma página de motor de pesquisa, e 81% usam os motores de busca para efectuarem compras acima de 300 USD. Embora o envio do produto comprado online possa estar limitado a um horário de trabalho normal, uma loja virtual não 'sofre' deste constrangimento.

Está aberta 24 horas por dia, sete dias por semana e 365 dias por ano, o que é uma vantagem acrescida para o negócio. Por outro lado, com os motores de busca cada vez mais precisos à disposição dos compradores, é mais fácil encontrar informação relevante (preço, modelo, tamanho, por exemplo), comparando preços de produtos idênticos ou similares.

Existem vários sites dedicados especificamente a comparar preços de produtos a partir de praticamente qualquer indústria, como o Google Shopping, o Nextag, ou o Ebookers. Pode até dizer-se que, com o advento do comércio electrónico, nunca foi tão fácil fazer compras. Não há filas, as pessoas não são colocadas em espera, a disponibilidade de um produto é conhecida instantaneamente e, mais importante, a escolha é praticamente infinita.

Devido aos descontos promocionais que existem na venda de produtos online, os preços tendem a ser mais baixos nesta plataforma, o que é bom para o consumidor, embora não o seja para o vendedor. Neste aspecto, o mercado online veio aumentar a concorrência ao comércio tradicional.

Compra do produto é rápida, recepção pode não ser

Mas nem tudo são vantagens para o consumidor. Uma vez que o comprador não se desloca a um local físico para comprar os seus bens, terá sempre de esperar algum tempo para os ter em seu poder. Uma excepção existe no caso dos produtos digitais, como ebooks, música e filmes - aqui é possível fazer download instantaneamente após a compra.

Desde a adopção generalizada do comércio electrónico, na década de 90, a queixa mais vulgarmente registada foi a de que o produto recebido não correspondia às expectativas do consumidor. Não pode tocar-se o tecido da roupa, experimentar um par de sapatos, ou mesmo testar a qualidade de vídeo de uma TV através da compra online. Houve algumas incursões na criação de manequins virtuais que, supostamente, mostravam como os produtos seriam na vida real.

A mais famosa dessas tentativas foi a Boo.com, considerado por muitos como um dos maiores fracassos da Internet. Quando o consumidor opta por comprar um bem ou serviço online, é necessário fornecer, pelo menos, as suas informações de cartão de crédito e endereço de entrega do produto.

Muitos sites de comércio electrónico exigem muito mais informação e são capazes de recolher outras informações sobre o seu comportamento online e hábitos. E os consumidores receiam as fraudes com cartões de crédito ou até mesmo roubo de identidade.

Por isso, os mais recentes esforços têm sido concentrados em criar uma nova geração de plataformas que apostam na protecção ao consumidor, desde o primeiro clique até à entrega final. Em Angola, existe uma classe de consumidores cada vez mais conscientes e preocupados com a sua segurança.

Mais do que procurar bons preços, os angolanos exigem a garantia de que estão a efectuar pagamentos seguros, através de métodos confiáveis. Uma das vantagens de utilizar sites que foram criados e são geridos no País é a facilidade associada às entregas. Produtos vindos de fora demoram por vezes semanas até chegarem aos consumidores, passando por processos alfandegários que atrasam a sua chegada e fazem aumentar o seu custo.

Quando a gestão é nacional, já é possível os consumidores receberem as suas encomendas não só em Luanda, como em algumas províncias de Angola com prazos que variam entre os três e os sete dias úteis, após confirmação de pagamento.

Os fretes são calculados em função do peso das mercadorias e do local de entrega, e os operadores já efectuam entregas grátis para compras acima de determinados montantes. Dúvidas, trocas e devoluções são mais simples, e os consumidores têm a garantia de ter um atendimento, que visa a sua satisfação.

No mundo virtual, assim como no real, é preciso garantias de que existe um compromisso com o respeito pela privacidade dos consumidores e de que existe sigilo de todas as informações fornecidas.

Quem compra deve estar atento e preferir as plataformas digitais que se comprometem em preservar a segurança dos dados solicitados. Aliado a isso, é essencial que as empresas não guardem as informações referentes aos seus códigos de cartão, após finalizado o processo de compra.

Apostar na tecnologia

Existem muitas plataformas de comércio electrónico já criadas que podem ser usadas para criar lojas virtuais. Algumas das mais populares são utilizadas para gerir alguns dos grandes sites de comércio electrónico em todo o mundo.

A maioria cria formas de fazer uma gestão de inventário, bem como outros recursos, como a facturação, embora sejam por vezes limitadas no que refere à consolidação da gestão de compras e de facturação a partir de um ponto de venda físico.

Se é um negócio que vende tanto online como offline, a partir de um sistema de ponto de venda ou de facturação directa a clientes, é necessário actualizar os dados de gestão de mercadorias, actualizando a loja online com as vendas offline.

Em comparação com a manutenção de registos manuais ou outras abordagens tradicionais, a gestão automatizada dos dados melhora a qualidade dos mesmos, melhorando os processos subjacentes.

Como resultado, melhores decisões de negócios podem ser alcançadas e é possível introduzir inovações fundamentais na gestão dos recursos, o que elimina atrasos e reduz, assim, o custo das operações. Por exemplo, o uso de aplicativos móveis permite a recolha em tempo real de dados, o que é indispensável para reduzir os custos.