Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

África

Europa admite fim do Nord Stream 1

África

Nova interrupção no fornecimento de gás leva países europeus a preparar-se para mais disrupções, aumentando o armazenamento de gás e preparando-se mesmo para um cenário em que o Nord Stream 1 não volte a abrir.

O corte de fornecimento de gás à Alemanha marcou os últimos dias, com implicações no aumento do preço do gás, negociando à volta dos 9 dólares por milhão de unidade térmica britânica (MMBtu) no final de quarta-feira. Por motivos de manutenção, a empresa russa Gazprom iniciou, esta semana, uma interrupção até 2 de Setembro, no fornecimento de gás através do gasoduto Nord Stream 1, que permite a entrega de gás à Europa. A Gazprom anunciou ainda que iria reduzir as exportações para a empresa de energia francesa, Engie, devido a um desacordo sobre o pagamento.

Estas medidas alimentaram os receios de uma paralisação por um prazo maior, num período em que o pico do consumo tende a ser em Janeiro de 2023. Neste cenário, os países europeus referem estar preparados para mais disrupções, aumentando o armazenamento de gás para níveis confortáveis, preparando-se mesmo para um cenário em que o Nord Stream 1 não volte a abrir ou que volte a operar a uma capacidade abaixo de 20%.

No segmento do mercado petrolífero, os preços do barril acentuaram a tendência de queda e aproximaram-se da maior série de perdas em mais de dois anos. O Brent negociado em Londres teve uma queda semanal de 5,23% até quarta-feira, para perto de 96 dólares por barril. A matéria-prima foi pressionada pelo regresso de novas medidas de confinamento na China e pelas notícias que apontam para um aumento significativo da produção da OPEP. De acordo com a Reuters, o Cartel produziu em Agosto, 29,6 milhões de barris por dia, o maior nível desde Abril de 2020, reflectindo também o aumento da produção na produção da Líbia, cujas instalações recuperaram de distúrbios que se registavam no País.

Esta evolução do mercado permitiu ao Comité Técnico Conjunto da OPEP a prever, esta semana, que o mercado venha a apresentar um excesso de oferta de 900 mil barris de petróleo por dia este ano. Por fim, a preocupação de uma política monetária mais restritiva e o abrandamento da economia chinesa aumentaram os receios de recessão económica global e atribuíram queda generalizada nos principais índices bolsistas do mundo.

Nos EUA, destaca-se o índice tecnológico Nadaq Composite com uma queda acima de 4% e, em Portugal, o PSI 20 que perdeu mais de 5%. No mercado cambial, o Euro recuperou apesar da crise energética e rondou perto da paridade com o Dólar, numa semana em que se divulgou um novo, mas ligeiro, aumento da inflação na Zona Euro em Agosto para 9,1%.