Maior seca dos últimos 20 anos empurra 4 milhões para a fome
UNICEF diz que mais de 33 mil crianças necessitam, urgentemente, de tratamentos para a malnutrição. Grave seca, causada pelo fenómeno meteorológico El Niño, assim como pela cultura intensiva de milho, deixou poços secos e está a destruir o gado e as culturas. Declarado o estado de calamidade.
Quatro milhões de pessoas estão prestes a enfrentar a fome no Zimbabwe devido à grave seca que há muito grassa no país e que foi já considerada como a mais grave a afectar a África Austral nas duas últimas décadas.
De acordo com a UNICEF, para a falta de água terá contribuído, em larga medida, o fenómeno meteorológico conhecido por El Niño, mas também a cultura intensiva de milho.
Segundo as Nações Unidas, cerca de um milhão de pessoas encontram-se, actualmente, a receber ajuda humanitária do Programa Alimentar Mundial, sobretudo, na região de Mwenezi, no Sul do país, a curta distância da África do Sul, Botswana e Moçambique.
De igual modo, as Nações Unidas anunciaram que mais de 33 mil crianças daquela região do Zimbabwe necessitam, urgentemente, de tratamentos para a malnutrição.
"Graves danos"
Segundo a UNICEF e organizações não-governamentais que acompanham a situação, a pior seca dos últimos anos no Zimbabwe secou os poços e destruiu culturas e pastagens, deixando os criadores sem ter como alimentar os animais, assim como sem ter a quem os vender.
Devido às alterações climáticas, os períodos de seca estão a tornar-se cada vez mais frequentes na região da África Austral, sustentam especialistas, assinalando que, conjugada com o fenómeno El Niño, a situação está a causar "graves danos" à agricultura e à economia do país.
* com France Presse e Reuters
(Leia msia na edição em papel do Expansão)