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Efacec já custou mais de 500 milhões EUR a Portugal

DEPOIS DA NACIONALIZAÇÃO DAS ACÇÕES DE ISABEL DOS SANTOS E DA ENDE

O Estado português já gastou mais de 500 milhões de euros até à privatização da Efacec, concluída em outubro de 2023, com a venda ao fundo alemão Mutares, depois de ter nacionalizado as ações da empresária angolana Isabel dos Santos e da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE). Isto inviabiliza qualquer esperança angolana em recuperar os investimentos feitos na empresa portuguesa que opera nos sectores da energia, engenharia e da mobilidade.

Os números foram avançados pela imprensa portuguesa, que cita os dados documentação preliminar da auditoria que está a ser feita pelo Tribunal de Contas português . Esta fatura, que ainda não era conhecida na íntegra, poderá ainda aumentar em cerca de 80 milhões de euros, superando os 500 milhões de euros.

Segundo a imprensa portuguesa, a auditoria que está a ser terminada pelo Tribunal de contas, quantifica o financiamento público na Efacec em 484 milhões de euros até à privatização, indicando que o Estado Português poderá ainda ter que suportar uma fatura extraordinária de 80 milhões de euros, elevando o montante injectado na empresa para 564 milhões, devido às responsabilidades contingentes assumidas pela sociedade gestora de participações sociais, do Estado Português (Parpública) na venda à Mutares da Efacec.

Realçar que em 2020, Governo português nacionalizou 71,5% da Efacec, referente à participação de Isabel dos Santos e da ENDE, por via da Winterfell 2, empresa sediada em Malta, constituída na totalidade por capital angolano, titulado em 60% por Isabel dos Santos e 40% pela ENDE, Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade.

A empresa estava no lote dos bens arrestados preventivamente pela justiça lusa no âmbito da cooperação com Angola.

A empresária angolana e filha do ex-presidente José Eduardo dos Santos, tinha colocado a sua quota na Efacec à venda, depois de Portugal ter aceitado cooperar com a justiça angolana no âmbito da acção judicial iniciada em Angola, em Dezembro de 2019, onde o Estado reclama o pagamento de uma dívida superior a 4 mil milhões USD.

Mas em Julho de 2020 o Estado português acabou por nacionalizar a empresa para a manter em operações e para salvaguardar 2.500 postos de trabalho.

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