França e Inglaterra são favoritas mas Alemanha, Portugal e Espanha também estão na corrida
Estas cinco selecções reúnem cerca de 90% das previsões para o vencedor deste Europeu de Futebol. No espaço que fica para uma possível surpresa no campeonato aparece a Itália, os Países Baixos, a Bélgica, a Croácia ou a Dinamarca. A competição começa hoje, 14 de Junho, com o Alemanha-Escócia. Saiba quem são os favoritos, os jogadores mais valiosos, os lesionados, o calendário, os estádios e os patrocinadores.
A Alemanha organiza pela segunda vez a fase final de um Europeu, a anterior foi em 1988 num campeonato ganho pela Holanda de Van Basten, Gullit e Rijkaard, curiosamente o único título que os holandeses conseguiram na sua história, apesar de terem estado em quatro meias finais do Europeu e três finais do Mundial de futebol. Os alemães na competição de 88 foram eliminados na meia-final por esta Holanda, estiveram a ganhar até 15 minutos do final quando Ronald Koeman empatou a partida de pénalti, sendo que Marco Van Basten marcou a dois minutos do fim, eliminando os alemães com alguma surpresa. Dois anos depois em Itália, esta equipa da Alemanha viria a sagrar-se campeã do mundo. Uma equipa fortíssima onde brilhavam Andreas Brehme, Lothar Matthäus, Rudi Völler, Jürgen Klinsmann ou Pierre Littbarski, treinada por Franz Beckenbauer.
Para este Europeu as expectativas dos alemães são mais modestas, a sua selecção está em renovação depois do fracasso do último Europeu em que foram eliminados nos oitavos de final, e do Mundial de 2022, em que foram eliminados na fase de grupos pelo Japão. Neste grupo espera-se muito de dois jovens talentosos, James Musiala e Floren Wirtz, ao que se junta um grupo de jogadores abaixo dos 25 anos que podem fazer história neste campeonato - Nico Schlotterbeck, Aleksandar Pavlovic,Chris Führich, Kai Havertz ou Maximilian Beier. Dos mais veteranos, mantêm-se nesta selecção Manuel Neuer, que vai ser o guarda-redes titular, Joshua Kimmich, Toni Kroos e Thomas Müller.
A Alemanha traz consigo o peso da história, é a selecção mais titulada em provas continentais (ver tabela), embora a última vez que foram campeões tenha sido há 28 anos num Europeu disputado em Inglaterra, numa final decidida no prolongamento com a Chéquia onde pontificavam Miroslav Kadlec, Patrik Berger, Pavel Nedved e Karel Poborsky. O herói dessa noite de 30 de Junho de 1996 em Wembley foi o ponta de lança Oliver Bierhoff, na altura jogador da Udinesse, que veio do banco aos 70 minutos e marcou os dois golos da vitória da Alemanha.
Além destes dois títulos a Alemanha foi também campeã da Europa em 1980, numa equipa onde brilhavam Bernd Schuster, Karl- -Heinz Rummenigge, Uli Stielike, Hansi Müller, Horst Hrubesch (marcou os dois golos da final) e Klaus Allofs. Esteve em outras três finais que perdeu, em 1976 frente à Checoslováquia, em 1992 com a Dinamarca e em 2008 com a Espanha. Foi por outras vezes 3ª classificada.
Aliás, se olharmos para o histórico, em 16 edições houve 10 vencedores diferentes, com a Alemanha e a Espanha a conseguirem ser campeões por três vezes. Os espanhóis, para além do título conseguido em 1964 na segunda edição realizada no seu país, foram campeões da Europa em 2008 e 2012, com o título mundial em 2010, numa sequência que é única em termos mundiais. Uma equipa que juntamente com o Brasil dos anos sessenta ou a Alemanha dos anos setenta/oitenta, disputam o ceptro das melhores selecções de sempre. Eram a base desta equipa o guarda-redes Casillas, os defesas Sérgio Ramos e Carlos Puyol (depois Piqué), os médios Xavi e Iniesta, e o avançado Fàbregas (depois David Villa).
A equipa que Espanha leva a este Europeu tem também enorme qualidade, sendo que os jornalistas daquele País acham mesmo que se trata de um dos favoritos. Com três veteranos nas três zonas de construção de jogo, Carvalhal (defesa), Rodri (meio campo) e Morata (ataque), espera depois que a nova geração de enorme qualidade, onde se destacam os defesas Le Normand, os médios Pedri, Mikel Merino, Alex Baena e Dani Olmo (Gavi é a grande baixa por lesão), e os avançados Lamine Yamal, Ferran Torres, Nico Williams e Joselu possam dar consistência suficiente para a equipa chegar ao título. A Espanha está no grupo B, juntamente com a Itália, Croácia e a Albânia, o grupo mais difícil deste Europeu.
No top 3 das equipas mais tituladas surge depois a Itália, a actual campeã em título com duas vitórias, em 1968 e em 2021 (apesar do Europeu se referir a 2020 e ter sido adiado devido à Covid- -19), com mais duas presenças em finais, perdeu em 2000 frente à França e em 2012 com a Espanha, e de ter sido 3ª classificada em 1988. Não é uma das favoritas, aparece na 6ª posição nos sites de apostas desportivas, mas pode sempre chegar ao título. Para esta competição as suas maiores estrelas são o guarda redes Gianluigi Donnarumma, os defesas Alessandro Bastoni, Alessandro Buongiorno, Matteo Darmian e Gianluca Mancini, os médios Nicolò Barella e Jorginho, e os avançados Federico Chiesa e Gianluca Scamacca.
Leia o artigo integral na edição 780 do Expansão, de sexta-feira, dia 14 de Junho de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)