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Kamala Harris está a subir nas sondagens depois da convenção

COM DISCURSO PARA A CLASSE MÉDIA

Está à frente com quase 3 pontos percentuais na média nacional e lidera ligeiramente na maioria dos estados indecisos. Depois da convenção os democratas voltam a acreditar que é possível derrotar Donald Trump e falam já em recuperar a liderança na Câmara do Congresso e alargar a maioria no Senado.

"Yes, she can", slogam sugerido por Barack Obama na convenção democrata e adoptado pela campanha de Kamala Harris, representa o novo posicionamento dos democratas na corrida para as eleições presidenciais norte-americanas de 5 de Novembro. Depois da contagem nominal cerimonial dos votos na terça-feira, com apoio esmagador dos delegados, a ex vice-presidente aceitou formalmente a candidatura na quinta-feira, com um discurso forte e mobilizador que já tem reflexo nas sondagens.

De acordo com a média de pesquisas do FiveThirtyEight, Kamala Harris está à frente de Donald Trump por quase 3 pontos percentuais a nível nacional e está marginalmente à frente na maioria dos estados indecisos. Este novo fôlego para os democratas deve-se sobretudo a um discurso de Kamala Harris para a classe média, tendo apresentado como linhas de força da sua política económica medidas como um aumento da taxa do imposto corporativo (das empresas) de 21 para 28%, o que permitiria aumentar as receitas fiscais para suportar duas medidas emblemáticas - isenções fiscais para construtores de casas novas, com o objectivo de criar 3 milhões de novas habitações em quatro anos, e isenções fiscais para compradores de imóveis pela primeira vez e famílias com mais de dois filhos.

Agora candidata também propõe uma proibição federal de preços abusivos para os alimentos e medicamentos, acesso alargado dos cidadãos aos serviços de saúde (recuperação do Obamacare), conceder um crédito tributário de 3.600 USD por filho para pais de classe média, estender os subsídios do Affordable Care Act e estender o Earned Income Tax Credit em até 1.500 USD para trabalhadores da "linha de frente".

Apresentou também um plano para o aumento de habitações, há 10 milhões de americanos que vivem na rua ou em roulotes, que passa por financiar em biliões de dólares os governos locais para construírem moradias e oferecer um subsídio de 25 mil USD para proprietários de imóveis pela primeira vez.

Esta abordagem económica contrasta com aquilo que são as propostas de Donald Trump, cujas propostas assentam fundamentalmente no corte generalizado de impostos, aumento das tarifas de importação e redução da emigração, o que originou críticas por parte de alguns economistas que estão preocupados com o aumento da inflação.

O candidato republicano esteve estado "apagado" esta semana, toda a atenção mediática estava centrada na convenção democrata, mas um dos seus principais apoiantes, Mike Johnson, presidente da Câmara do Congresso criticou duramente as propostas de Kamala Harris, classificando- -as como "políticas socialistas massivas", e comparou-as às leis da "Rússia e Venezuela".

"O plano Harris é o oposto que o nosso país precisa e deve ser rejeitado veementemente", acrescentou. Aproveitando esta onda de crescimento, os democratas centram também os seus esforços na recuperação da maioria no Congresso e no aumento da liderança no Senado, condição fundamental para que Harris possa implantar as medidas que agora propõe.

Em termos práticos precisam de mais quatro assentos para assumir o controlo do Congresso, sendo que no Senado têm nesta altura 51 lugares (de um total de 100), mas estão prestes a perder um assento em West Virgínia e estão "presos" em campanhas difíceis em mais dois estados favoráveis a Trump, Montana e Ohio. Um dos factores que medem a mobilização de possíveis votos e influenciam significativamente os resultados finais, é a arrecadação de fundos para as respectivas campanhas.

Neste aspecto, as coisas estão a correr muito bem a Kamala Harris, que desde de 21 de Julho, quando anunciou oficialmente a sua candidatura, já mobilizou 500 milhões USD emanteve os quase mil milhões USD que Joe Biden já tinha conseguido ao longo do seu mandato. Recentemente a campanha de Trump tinha comunicado que tinha em caixa 327 milhões USD.

Leia o artigo integral na edição 790 do Expansão, de sexta-feira, dia 23 de Agosto de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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