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Universidade

Investigadores passam a ter acesso gratuito a produções científicas

LANÇADO O REPOSITÓRIO CIENTÍFICO ANGOLANO DE ACESSO ABERTO

O repositório vai prevenir o plágio em trabalhos académicos e científicos, vai integrar investigadores angolanos e suas respectivas pesquisas numa base de dados de acesso aberto, reduzir a ambiguidade na citação de pesquisadores/autores angolanos e, sobretudo, vai preservar a memória intelectual do País.

O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) lançou o Repositório Angolano de Acesso Aberto (RANAA) para armazenar de forma permanente, organizar, divulgar e disseminar a produção científica produzida no País. O repositório foi financiado pela Expertise France.

Na prática, o objectivo do repositório é garantir o acesso gratuito ao conteúdo, integral ou parcial, da produção intelectual desenvolvida pelas Instituições de ensino superior, docentes, investigadores e estudantes angolanos e na diáspora.

Numa altura em que o plágio tem sido uma das grandes preocupações da comunidade académica, este repositório vai prevenir o plágio em trabalhos académicos e científicos, vai integrar investigadores angolanos e suas respectivas pesquisas numa base de dados de acesso aberto, reduzir a ambiguidade na citação de pesquisadores/autores angolanos e, sobretudo, vai preservar a memória intelectual do País.

Quanto ao tipo de documentos que poderão ser arquivados contam-se os artigos científicos, relatórios técnicos, anais de congre sos, revistas científicas digitais e impressas, livros científicos e académicos, teses e dissertações de mestrado, códigos de software, fichas de dados bibliográficos, imagens, arquivos de áudio, arquivos de vídeos, material didáctico, entre outros conteúdos.

De acordo com as directrizes de funcionamento do RANAA, o processo de arquivamento ocorre na medida em que o próprio autor do artigo, dissertação, tese, entre outros, faz a submissão no RANAA e este arquivamento só será possível quando o trabalho estiver concluído e defendido (no caso de trabalhos de conclusão), ou publicado (no caso de artigos e livros). No entanto, o auto-arquivamento será feito mediante a criação de um perfil de investigador no RANAA. Importa referir que todos os depósitos deverão ser feitos no prazo máximo de 60 dias após a produção (Publicação em revista científica, ou de livro, defesa de trabalho e apresentação pública) do material.

Questionada sobre os ganhos do país com o surgimento do repositório, a organização avança que este modelo de funcionamento "ajuda a tornar os resultados das pesquisas mais visíveis a um público maior e que não teria acesso no modelo pago, realçando que aumenta as possibilidades de cooperação entre instuições e pesquisadores, potencia as citações e permite expandir o acesso a descobertas de pesquisas revisadas por pares".

Como está a produção científica no País? De acordo com o relatório intitulado Internacionalization of publication and collaboration of Angolan Scientific Journals, elaborado pela Unesco, Redalyc, Amelica e Universidade Óscar Ribas, em colaboração com MESCTI, existe um equilíbrio de produção científica no País, entre a produção de autoria estrangeira e nacional, o que reflecte a sua posição internacional e nacional enquanto órgãos de comunicação científica.

Leia o artigo integral na edição 780 do Expansão, de sexta-feira, dia 14 de Junho de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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