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Angola

Estudantes do ensino médio obrigados a ter smartphones

Angola

Os professores das escolas e institutos médios de Luanda estão a exigir aos alunos smartphones para receberem matéria e outros conteúdos, que são enviados a partir do telemóvel, via WhatsApp.

Isto torna ainda mais difícil as condições do ensino e aprendizagem no País, tendo em conta a dificuldade que muitas famílias têm para dar aos filhos ou educandos um smartphone com capacidade para receber conteúdos escolares. Hoje os professores abrem um grupo no whatsApp para a disciplina ou orientam o chefe de turma para abrir o grupo, através do qual o docente partilha a matéria com os alunos e orienta tarefas ou trabalhos escolares.

Este é um assunto que virou conversa de bastidores entre os estudantes que frequentam a 10ª, 11ª, 12ª e 13ª classes nas escolas e institutos médios em Luanda. Mas não é só por aí, o assunto também é fortemente comentado entre pais e encarregados de educação, sendo que muitos contestam a decisão dos professores, porque nem todos conseguem dar condições aos educandos para fazerem parte desta "rede".

O Expansão andou por algumas lojas de venda de telemóveis em Luanda e constatou que o smartphone mais barato custa 28 mil Kz (itel de 8 GB) nas pequenas lojas e grandes lojas. Um pouco mais caro, 40 mil Kz, é o Alcatel de 16 GB. O Expansão enviou questões ao Ministério da Educação para saber se orientou os professores a interagir com os alunos, através das redes sociais. Mas até ao fecho de edição não obteve resposta.

Entretanto, fonte da tutela admitiu que esta opção não obedece a nenhuma orientação do Ministério da Educação. "É mesmo uma iniciativa dos professores", frisou a fonte, explicando que esta é uma prática que começou durante o período da pandemia da Covid-19, "quando os professores encontraram na internet a via certa para interagir com os alunos". Como acabaram por concluir que "as coisas ficaram mais fáceis e rápidas, então já não pararam de se conectar com os alunos por esta via", remata.

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