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Angola

Preços sobem 27% no mercado formal e 19% no informal

1º SEMESTRE 2024

Apesar do aumento dos preços entre Dezembro do ano passado e Junho deste ano, nos últimos três meses, o valor do cabaz do Expansão reduziu 4% nos mercados informais. Nos formais, a tendência dos preços continua a ser crescente com um aumento de 14% só nos últimos três meses.

Os preços de alguns produtos que fazem parte da cesta básica do Expansão aumentaram 19% no mercado informal e 27% no formal, nos primeiros 6 meses deste ano em relação a Dezembro de 2023. A informação foi apurada numa ronda feita na cidade de Luanda, comparando os preços na última semana de cada mês. As informações foram recolhidas nos mercados formais (Kero, Candando e Maxi) e informais (Catinton e Asa Branca), tendo como base um cabaz fixo de produtos definido pelo Expansão.

Se tivermos em linha de conta que a inflação homóloga para Luanda está nos 41%, e que no apuramento desta taxa os produtos alimentares e bebidas têm um peso de mais quase 60%, percebe- -se que a alimentação, no seu global, poderá ter tido um incremento de preços superior ao que é hoje a inflação na capital do País.

O diferencial entre os crescimentos no mercado formal e informal têm também a ver com o tipo de produtos que é analisado em cada um deles, mas reflectem um ajustamento que tem havido nos preços nos principais mercados informais da capital de produtos como o açúcar, óleo, massa, ovos sal ou feijão.

Já do lado das lojas da moderna distribuição, a tendência de subida é muito mais acentuada, porque resulta do tipo de oferta que têm disponível, maioritariamente produtos importados, e da passagem para os consumidores da pressão que sentem no acesso às divisas.

Em alguns casos pode mesmo falar-se em especulação comercial, com preços desajustados da realidade, tendo em atenção que os custos de aquisição nos mercados internacionais se mantêm estáveis. E mesmo que se possa invocar aumentos nos fretes, não é de forma nenhuma suficiente para o impacto que têm tido nos preços nos últimos três meses, a não ser que se contabilizem, no caso particular de Angola, os custos de sobreestadia que os importadores têm de arcar quando têm a mercadoria retira nos portos.

Olhando para a evolução nestes últimos 6 meses, foi no mercado formal que se registou o maior aumento. Numa lista de 11 produtos entre os mais consumidos no País, verificou-se que para comprar o mesmo cabaz é preciso hoje mais 8 mil Kz do que há seis meses, quando eram necessários 32.635 Kz contra os 41.297 Kz de hoje.

Destaca-se, entre os produtos seleccionados, o leite Nido em pó como o produto que mais encareceu o cabaz, com uma subida de mais de 8 mil Kz (+60%) desde Dezembro, bem como o frango congelado, que passou a custar mais 1.190 Kz (+36%). Além da subida em alguns produtos, em sentido inverso, houve produtos que registaram descidas nos preços, com destaque para a fuba de milho, feijão preto e manteiga.

Já no mercado informal, o valor do cabaz aumentou 19% ao sair de 107.100 Kz para 127.275 Kz, ou seja, são necessários hoje mais 20.175 Kz para comprar o mesmo cabaz que em Dezembro.

Dos 18 produtos seleccionados para o levantamento no mercado informal, entre os que mais cresceram destaca-se a caixa de peixe carapau com a maior variação, com um aumento de 15 mil Kz.

Também a caixa de coxa de frango, um dos produtos mais consumidos pela população de média e baixa renda, custa hoje mais 4.500 Kz do que em Dezembro. Destacam-se ainda produtos como a fuba, o arroz e a farinha (ver tabelas).

No outro extremo, entre os preços que mais reduziram estão o óleo e açúcar, que nos últimos meses de 2023 eram dos que mais preocupavam os consumidores, já que estavam entre os mais afectados, devido às elevadas subidas que se verificavam nos preços por conta da desvalorização cambial e do aumento do preço do combustível.

Leia o artigo integral na edição 782 do Expansão, de sexta-feira, dia 28 de Junho de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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