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Economia

A Fed corta taxa de juro pela primeira vez em quatro anos

VIRA ATENÇÕES PARA A ECONOMIA

O banco central dos EUA, o Federal Reserve (Fed) anunciou esta quarta-feira o primeiro corte nas taxas de juro em quatro anos, em 0,5 pontos percentuais, adiantando estar agora com "maior confiança" de que a inflação vai abrandar. Este corte nas taxas de juro revela que a inflação deixou de ser a principal preocupação daquele banco central, dado o fraco desempenho da economia.

Ao contrário do BNA ou do Banco Central Europeu, que têm como único mandato assegurar a estabilidade de preços, a Reserva Federal dos EUA tem também como uma das suas missões maximizar o nível do emprego na economia. Além da descida em 0,5 pp, o Fed deu ainda sinais de que se seguirão novas descidas no custo do financiamento nos próximos tempos. Esta redução dos juros, que é a primeira desde 2020, já era esperada pelos analistas, apesar de tudo apontar que o Fed iria avançar nesta primeira fase com um corte de apenas 0,25 pp.

O Comité que decidiu o corte nas taxas colocou a principal taxa de juro de referência no intervalo entre 4,75% e 5,00%. Um corte nas taxas de juro era já esperado por várias economias emergentes africanas que têm encontrado várias dificuldades para se financiarem lá fora. É o caso de Angola, que já adiou várias vezes emissões de eurobonds, devido à alta de juros que tornava estes empréstimos proibitivos.

Segundo o comunicado em que foi anunciada a decisão, o banco central dos EUA sublinha que "o comité tem agora maior confiança de que a inflação se está a mover de forma sustentada em direcção a 2% e considera que os riscos para o cumprimento das suas metas de emprego e de inflação estão aproximadamente em equilíbrio".

Especialistas internacionais antecipam que até ao final do ano se deverá assistir a uma descida de 0,5 pontos percentuais, divididos em cortes de 0,25 pp nas duas reuniões que ainda faltam realizar, ainda que Jerome Powell, o presidente do Fed, tenha afirmado que ainda não há um caminho predefinido para a política monetária norte-americana.

"À medida que iniciamos o processo de mudança para uma postura mais neutra, não estamos em nenhum curso pré-definido. Continuaremos a tomar as nossas decisões reunião a reunião", afirmou.

Edição 794 do Expansão, de sexta-feira, dia 20 de Setembro de 2024

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