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Economia

Consultora estima que produção de petróleo em Angola fique nos 1,173 milhões de barris/dia este ano

Oxford Economics

A recuperação do sector petrolífero no ano passado apoiou um crescimento económico mais forte em 2024 mas a estagnação da produção de petróleo prevista para este ano fará a economia crescer 2,7%, este ano, face à estimativa de 3,7% para 2024, apontam os analistas.

A consultora Oxford Economics considerou na terça-feira que a produção de petróleo em Angola vai estagnar nos 1,173 milhões de barris diários este ano, depois de ter subido 3,6%, para 1,170 milhões de barris em 2024.

"A produção de petróleo em Angola subiu ligeiramente em Novembro, cumprindo a meta do governo; prevemos que a produção de crude tenha aumentado 3,6% no ano passado, para 1,170 milhões de barris diários, subindo ligeiramente para 1,173 milhões de barris por dia em 2025", escrevem os analistas num comentário à produção crude do País, citados pela agência Lusa.

Entretanto, vale realçar que as projecções actualizadas do Governo, no relatório de fundamentação do OGE 2025, apontam que a produção de petróleo deve ficar em 1,087 milhões barris/dia em 2024 e 1,098 milhões barris/dia em 2025.

O departamento africano desta consultora britânica aponta que os números da Agência Internacional da Energia sobre a produção petrolífera de Angola "estão alinhados com o objectivo do Governo, de 1,180 milhões de barris diário para 2024".

Os dados, continuam, "mostram que a produção recuperou para os níveis de 2022 depois de extensas operações de manutenções no poço Dália, no primeiro trimestre de 2023, que causaram um declínio na produção".

A recuperação do ano passado "apoiou um crescimento económico mais forte em 2024, já que o sector petrolífero representa 25% do PIB e quase 90% do comércio, mas a estagnação [da produção petrolífera] prevista para este ano fará a economia crescer 2,7%, este ano, face à estimativa de 3,7% para 2024", concluem os analistas.

Assim, segundo a consultora, os maiores perigos relativamente a esta previsão para este ano relacionam-se com a China, que compra mais de 50% do petróleo angolano, e prendem-se com "possíveis atrasos nos projectos petrolíferos nacionais, uma procura reduzida de petróleo angolano devido ao aumento das vendas de veículos elétricos na China, e um abrandamento no sector da construção".

Vale recordar que a economia angolana cresceu 4,7% nos primeiros nove meses deste ano e está em crescimento há 14 trimestres consecutivos em termos homólogos, sobretudo devido à recuperação verificada no sector petrolífero depois da hecatombe registada no em 2023 daquele que é o sector que maior peso tem no Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com cálculos do Expansão a partir das Contas Nacionais Trimestrais do INE.

O petróleo continua, assim, a ser o sector com maior peso no PIB angolano, apesar de ter vindo a cair nos últimos anos, devido ao declínio natural da produção, que já roubou mais de 700 mil barris de petróleo por dia em meia dúzia de anos à produção nacional. Este sector vale quase um terço do PIB, mais concretamente 29,3%. Desde o I semestre de 2016, este sector apenas não caiu em todo o ano de 2022 (o ano em que a economia angolana mais cresceu desde 2014) e nos primeiros trimestres de 2024, o que faz antever um crescimento económico para 2024 ano superior ao crescimento da população (3,1%).

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