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Economia

Ministro da Indústria e do Comércio na 6.ª edição do Global Business Forum Africa

Diplomacia económica  

"Reiniciar, Restaurar e Renovar" ou "Transformação através do Comércio" para um novo Acordo de Livre Comércio com a África Continental, é o tema da 6.ª edição do Global Business Forum Africa (GBF Africa) que conta com a participação de Victor Fernandes, ministro da Indústria e do Comércio

O Fórum Global de Negócios África 2021, que se iniciou nesta quarta-feira, dia 13 de Outubro, reúne líderes empresariais de todo o mundo, com especial destaque para influentes empresários africanos, e com eles estão chefes de Estado, mais de 45 ministros e altos funcionários dos governos africanos, que vão debater as oportunidades do continente africano, no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos,

O fórum empresarial de dois dias faz parte de uma iniciativa mais ampla, que é a Expo 2020 Dubai, que se realiza com um ano de atraso devido à pandemia da covid-19, e escolheu como tema "Reiniciar, Restaurar e Renovar" um novo Acordo de Livre Comércio da África Continental.

O Presidente e CEO da Câmara de Comércio de Dubai, Hamad Buamim, no seu discurso de abertura, disse que o evento é significativo, pois ajudará a abrir novas portas em África para a comunidade empresarial dos Emirados Árabes Unidos (EAU), acrescetando que os "nossos esforços na África estão a dar frutos".

De acordo com números que avançou, o comércio com a África atingiu 50 mil milhões de dólares em 2020, o maior recorde numa década, enquanto a Câmara de Dubai registrou um crescimento de 16% nas empresas registadas para o evento, 25 mil no total, sendo que o recorde da última edição do Global Business Forum Africa 2019, foi de 12 mil empresas.

Buamim observou ainda que o objetivo do GBF Africa é envolver os líderes governamentais e as empresas de todo o mundo, para colaborarem em parcerias transfronteiriças para o desenvolvimento.

O Acordo de Livre Comércio da África Continental está aqui em foco. É um acordo que pode fazer de África um dos maiores mercados comerciais à escala mundial e é uma oportunidade única para impulsionar e diversificar as exportações africanas, observou Buamin, acrescentando que Dubai tem para oferecer oportunidades na área do turismo, distribuição e logística, entre outros.

O GBF Africa tem a participação de mais de mil delegados de 55 países.

Entre os vários chefes de Estado e altos funcionários dos governos africanos, estão, Paul Kagame, Presidente do Ruanda ou Félix Tshisekedi, Presidente da República Democrática do Congo (RDC), e Constantino Chiwenga, vice-Presidente do Zimbabué, e ministros de da Etiópia, Uganda, Libéria, Quénia, Botsuana, Costa do Marfim, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Níger, Senegal, Seicheles, Congo, Mauritânia, Sudão e Reino do Lesoto.

O Sultão Ahmed Bin Sulayem, Presidente e CEO do Grupo DP World, será orador numa das sessões e vai privilegiar o tema das parcerias entre o DP World e os governos africanos, nos quais se inclui Angola.

As sessões do dia de hoje abordarão as principais tendências e questões que marcam as economias africanas neste momento, incluindo o papel das parcerias regionais e internacionais, tais como o Acordo de Livre Comércio Continental Africano (AfCFTA), na reconfiguração do comércio e investimento na região.

No segundo dia, as conversas serão um pouco mais caseiras, o Dubai é o tema como um modelo para logística, desenvolvimento de infra-estrutura para as cidades e que os mercados africanos podem replicar.

De Angola, para além do ministro Victor Fernandes, estão no GBF África a comissária-geral do Pavilhão de Angola para a Expo Dubai 2020, Albina Assis Africano, o presidente do Conselho de Administração da Endiama, Ganga Júnior, o chefe de Relações Internacionais do Banco Angolano de Investimentos (BAI), Martins Ulanga, o director da SODIAM, Domingos Kavela e representantes de empresas ligadas à Câmara de Comércio Angola Emirados Árabes Unidos.