Manuais escolares impressos no País, negócio de 21 mil milhões Kz para ajudar indústria gráfica
Nove gráficas nacionais vão receber 21,7 mil milhões Kz para a edição, impressão e distribuição de 49 milhões de manuais escolares das classes da iniciação e do ensino primário do ano lectivo 2021/2022, através de contratação simplificada para a adjudicação do contrato.
Pela primeira vez, os manuais escolares vão ser editados e impressos no País depois de serem revistos e actualizados por uma equipa multisectorial com representantes da sociedade civil, como igrejas e cidadãos comuns.
Para garantir a impressão dos manuais, o Ministério da Educação (MED) realizou visitas no mês de Março às diferentes gráficas para fazer o levantamento da capacidade instalada de impressão dos manuais e seleccionou nove que irão garantir a impressão dos livros. As artes finais já estão prontas e foram entregues às escolhidas, sendo que no final do mês já deverão haver livros para se iniciar a distribuição a nível nacional.
"Da pesquisa realizada no terreno por uma equipa do MED, constatou-se que o país já dispõe de um parque gráfico que está a altura das necessidades quantitativas e qualitativas de produção dos manuais, foram seleccionadas as nove que apresentaram melhores condições e capacidade para o cumprimento dos prazos", esclarece Gildo Matias, secretário de Estado para o ensino secundário, sem avançar os nomes das empresas seleccionadas.
Esta é uma ajuda importante para a indústria gráfica, que teve também uma quebra nas suas receitas porque muitos projectos editoriais acabaram ou foram suspensos, e também porque o material de promoção e marketing das maiores empresas teve uma quebra importante de produção.
Referira-se que o ano passado, o Ministério da Educação previa distribuir 94 milhões de manuais escolares com um custo estimado em 55 mil milhões Kz. Entretanto, com o surgimento da pandemia, o País gastou 16,3 mil milhões Kz com a compra de 35 milhões de livros que foram impressos na África do Sul. Em termos médios, cada manual custou o ano passado 294 Kz e este ano esse valor é de 428 Kz.
Em termos meramente matemáticos houve um aumento de 45%, sendo que 11% são explicados pela desvalorização da moeda nacional, mas foram gastas divisas para o seu pagamento e não se geraram mais-valias para a economia nacional como vai acontecer este ano.
Manuais crescem 40%
Entretanto, para o ano lectivo 2021/22 o ministério vai colocar à disposição dos alunos cerca de 49 milhões de manuais para todo o território nacional, contra os 35 milhões de livros distribuídos no ano passado, um aumento de 40%.
Os manuais serão distribuídos através de meios terrestres e aéreos em todo território nacional com o apoio logístico da Casa Militar do Presidente da República. A nível das províncias serão criadas comissões para assegurar a distribuição dos mesmos nas referidas instituições públicas de ensino.
(Leia o artigo integral na edição 634 do Expansão, de sexta-feira, dia 23 de Julho de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)









