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Corte de juros adiado para Junho

SEMANA DE 05 A 10 DE ABRIL

BCE entende que necessita de avaliar mais indicadores económicos para se iniciar o ciclo de corte de juros. No mercado dos metais preciosos, os preços do ouro voltaram a atingir o sétimo recorde consecutivo

O foco dos mercados manteve-se na possibilidade de corte de juros pelos grandes bancos centrais. Esta semana, o Banco Central Europeu (BCE) manteve, pela 5ª vez consecutiva, as suas taxas directoras, deixando, entretanto, indicações de que tal poderá mudar no mês de Junho.

Os principais índices da bolsa europeia tiveram um saldo semanal negativo. O Euro Stoxx 600 desvalorizou cerca de 0,86% nos últimos 7 dias até ao final desta quarta-feira e o britânico FTSE 100 caiu 0,07%. As bolsas da Alemanha (DAX) e de França (CAC) também recuaram cerca de 1,43% e 1,51%, respectivamente.

Na China, as bolsas também desvalorizaram, com os índices Shangai All Share e o CSI 300 a recuarem 0,45% e 0,93%, respectivamente, na sequência da revisão em baixa do outlook do rating chinês pela Fitch. Entretanto, manteve a sua notação de crédito em "A+" e indicou que não espera mais deflação no País, o que foi visto com bastante optimismo pelo investidores e limitou as quedas.

Nos EUA, o índice agregador S&P 500 e o tecnológico Nasdaq Composite valorizaram ligeiramente, em 0,08% e 0,41%, respectivamente, enquanto o industrial Dow Jones recuou 0,73%. Os índices de Wall Street foram sustentados por uma queda das yields da dívida norte- -americana, enquanto a subida da taxa de inflação no mês de Março, divulgada esta semana, enfraqueceu os ganhos. A inflação nos Estados Unidos acelerou, em termos homólogos, para 3,5% em Março, depois de ter alcançado os 3,2% em Fevereiro.

No mercado petrolífero, o barril do West Texas Intermediate ganhou 0,68% face à semana anterior para 85,73 dólares por barril, enquanto o barril do Brent avançou 1,16% para 89,95 dólares. Esta valorização poderá reflectir o maior consumo que se espera da China bem como os avançõs nas negociações sobre um cessar-fogo no conflito Israel - Hamas.

No mercado dos metais preciosos, os preços do ouro voltaram a atingir o sétimo recorde consecutivo acima dos 2.353 dólares por onça, impulsionados pelas compras dos bancos centrais e pela valorização do seu papel enquanto activo-refúgio, num contexto de clima de tensões geopolíticas. Além do Banco Popular da China, que adicionou mais 160 mil onças de ouro às suas reservas no último mês, segundo a Reuters. A medida tem sido seguida por países como a Turquia, a Índia, o Cazaquistão e outros da Europa de Leste.