Equinor completa saída da Nigéria e Azerbaijão
Além da Equinor, outros pesos pesados da indústria de oil & gas como a Eni, Exxon Mobil , Shell e TotalEnergies também desinvestiram na Nigéria, principalmente onshore.
A petrolífera estatal da Noruega, Equinor, concluiu recentemente a venda de todos os seus activos na Nigéria e no Azerbaijão por uma contraprestação avaliada em 2,0 mil milhões USD, completando a saída dos dois países após cerca de 30 anos.
Os desinvestimentos, anunciados pela primeira vez em 2023 e concluídos em Dezembro do ano passado, aumentarão o fluxo de caixa do quarto trimestre e estão alinhados com a estratégia da Equinor de optimizar seu portfólio internacional, segundo o gigante energético norueguês.
No Azerbaijão, a Equinor vendeu as partições de 7,27% que detinha no campo Azeri Chirag Gunashli (ACG), uma participação de 8,71% no oleoduto Baku-Tbilisi-Ceyhan (BTC) e outra de 50% no projecto Karabagh para a SOCAR do Azerbaijão e a ONGC da Índia. As transacções com o país que depende praticamente do petróleo totalizaram cerca de 745 milhões USD.
Já a transação com a Nigéria ficou avaliada em 1,2 mil milhões USD, incluindo uma participação de 20,21% no campo petrolífero de Agbami operado pela Chevron. A transação envolveu a passagem de activos da Equinor para a Chappal Energies Mauritius Ltd, permitindo à petrolífera norueguesa concentrar-se em áreas essenciais. Esta operação coloca um fim à presença da Equinor de mais de três décadas na Nigéria.
Os trabalhadores locais passam para esfera da Chappal Energies, o que representa uma saída completa do país para a Equinor. A Equinor esteve presente na Nigéria desde 1992 e desempenhou um papel significativo no desenvolvimento do maior campo de águas profundas da Nigéria, Agbami, que já atingiu uma produção acumulada de mais de 1 bbbls desde o início em 2008.
Localizado no Delta do Níger, o campo Agbami é operado pela Chevron, com uma participação de 67,3% e a Prime 127 Nigeria Ltd. detém os restantes 12,49%. O Agbami foi a maior descoberta de petróleo do mundo em 1998, sendo que ainda detém um potencial remanescente de 900 MMBBLS recuperáveis, segundo informações da Chevron.
Além da Equinor, outros pesos pesados da indústria de oil & gas como a Eni, Exxon Mobil , Shell e TotalEnergies também desinvestiram na Nigéria, principalmente onshore.