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Sungara Energies "ganha" participação em 3 blocos petrolíferos

POR DECRETO EXECUTIVO

A empresa foi fundada em 2021 e não tem qualquer experiência na área da prospecção e produção. Estes são os seus primeiros blocos.

A empresa tem quatro anos de existÊncia e, de acordo com o seu site, no seguimento do entendimento com a Sonangol, fizeram uma alteração ao pacto social, ficando cada entidades com 1/3 do capital - a NAMCOR, empresa nacional de petróleos da Namíbia, a Petrolog Energies Limited, empresa sediada nos Estados Unidos de serviços aos poços petrolíferos, e a Sequa Petroleum UK Limited, sediada no Reino Unido, mas propriedade de sócios africanos.

Por decreto executivo foi-lhe concedida uma concessão de 10% no bloco 15/06, que é operada pela Azule Energy Angola (36,84%), que tem como parceiros a Sonangol E&P (agora ficou com 26,84%) e a SSI (26,32%). Este bloco já está a produzir, pelo que a entrada acaba por ser uma forma de participação nos lucros sem investimentos significativos, aquilo que um especialista nos explicou ser a fase do "filet mignon".

Vai também ficar com 35% do Contrato de Partilha de Produção do bloco 27, que era detido na totalidade pela Sonangol E&P. Este é um bloco que ainda está em fase de desenvolvimento e não está a produzir.

Por último, recebeu 40% do contrato de partilha de produção do bloco 23, a Sonangol detinha 60% e fica agora com 20%, sendo que os restantes 40% são da Afendra (Angola). Este é também um bloco em desenvolvimento e que não está a produzir.

Para este bloco o decreto explica que "é autorizada a Sungara Energies de exercer a função de operadora", o que deixa perceber que de acordo com o contrato assinado com a empresa, está prevista a passagem da empresa a operadora do bloco, que era exercida pela Sonangol E&P.

Apesar de na sua página a Sungara Energies explicar que assinou um contrato com a Sonangol para comprar estas participações, não refere os valores e a forma de pagamento. Neste tipo de processos, normalmente os operadores que já estão no bloco têm direito de preferência, pelo que se supõe que o anúncio deste "negócio" pressupõe a aceitação da Azule Energy e da SSI no bloco 15/06, e da Afendra (Angola) no bloco 23.

O Expansão tentou apurar a forma como foi feito este contrato, nomeadamente os valores envolvidos e a forma de pagamento, mas não recebeu qualquer resposta até ao fecho da edição.

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