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Gestão

Desenvolvimento industrial desafios e sugestões de acção

Em análise

Apesar de alguns exemplos de excelência e escala industrial, a contribuição do sector industrial (e também do sector agrícola, pescas e florestal) continua a posicionar-se em valores abaixo dos 10% nos últimos 10 anos, com uma trajectória de crescimento em desaceleração até 2017 e de contracção a partir de 2018, com uma aparente recuperação a partir de 2020.

O tema Industrialização vem ganhando uma atenção crescente da parte das empresas e das nações, num momento em que se questionam os pressupostos que têm suportado a globalização das cadeias de valor.

As motivações para esta transformação são múltiplas: novas indústrias de fronteira; contexto geo-estratégico em ebulição; robustecimento das cadeias de valor a choques externos; evolução dos requisitos de clientes e consumidores; novas formas de eficiência suportadas na tecnologia e no poder da informação; e expectativas da sociedade na resposta das empresas às responsabilidades ambiental, social e de governança.

Uma reflexão sobre o desenvolvimento da indústria nacional deve somar estes requisitos aos desafios que já enfrenta.

Apesar de alguns exemplos de excelência e escala industrial, a contribuição do sector industrial (e também do sector agrícola, pescas e florestal, que deve ser visto de forma conjunta face à interdependência de objectivos) continua a posicionar-se em valores abaixo dos 10% nos últimos 10 anos (16% em termos agregados para os dois sectores), com uma trajectória de crescimento em desaceleração até 2017 e de contracção a partir de 2018, com uma aparente recuperação a partir de 2020.

Em paralelo, assistimos a um decréscimo das importações, resultado da evolução do contexto económico e também das medidas do Executivo. Concentrando a análise num conjunto de cerca de 6.000 produtos (excluindo derivados do petróleo) acompanhados pelo Atlas of Economic Complexity, constata-se que os valores de importação de 2019 estão a níveis semelhantes aos de 2006, o que atendendo ao acréscimo populacional de cerca de 11 milhões de habitantes em Angola no mesmo período, nos aponta para uma redução significativa dos valores de importações per-capita.

*Partner de Advisory da KPMG

(Leia o artigo integral na edição 669 do Expansão, de sexta-feira, dia 8 de Abril de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)