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Gestão

Removendo máscaras no mundo profissional

EM ANÁLISE

Existem outras máscaras, como a do orgulho institucional, a hipocrisia no cumprimento das normas e regulamentos, sob o olhar de cumplicidade do profissional limitado, pela ausência de inteligência emocional e autoconhecimento. O mais grave é que talvez nos tenhamos, todos, acostumado ao uso de máscaras, sem perceber os reais danos ao capital humano e ao resultado financeiro.

Falar sobre este tema revela a importância e o realce que, cada vez mais, vemos em torno dos temas de "Gestão do Autoconhecimento e Inteligência Emocional", quer no dia-a-dia de qualquer organização, ou até mesmo no âmbito pessoal. A temática do papel do indivíduo, enquanto profissional, suas valências, progressão de carreira, avaliação de desempenho, está centrada no papel, no entendimento que as pessoas têm sobre o assunto e no alinhamento entre o equilíbrio racional, emocional e habilidades.

O profissional depara-se com conflitos por existir uma falsa visão, de que a competitividade é a habilidade técnica, e que é a chave para atingir o resultado esperado, mantendo o foco unicamente na atracção do sucesso financeiro. Fruto deste desejo, inicia-se então o recurso à utilização de qualificações escondidas por detrás das máscaras "CV", que oferecem à primeira um certo refúgio, na fase inicial, o processo de recrutamento e admissão, tornando-o pouco realista e nada produtivo.

As máscaras continuam a ser sustentadas, por um qualificador ocupacional ou descritivo de funções, que em nada reflecte a objectividade da função, suas actividades e o perfil de quem as executa. Fazendo com que as máscaras passem a assumir um novo papel, a de escudo, que protege o profissional do juízo alheio, abrindo-lhe então portões da aparente realização profissional.

O processo de avaliação de desempenho é uma importante ferramenta de mitigação de riscos, identificação de pontos de melhoria e de desenvolvimento do profissonal. Quando este não está alinhado ao plano de formação, é outra máscara que conspira contra a imagem ou marca corporativa. Tenta-se enganar e impressionar a partir de uma falsa rigorosidade de processos, que em nada reflectem a performance da organização e das suas pessoas.

O revestimento da "beleza das organizações", sua opulência, versus investimentos das suas pessoas, processos e tecnologia, mitigam a continuidade dos inúmeros riscos operacionais e inicia o processo de remoção das máscaras no universo profissional. O caminho é desafiador, mas necessário, quando se aborda o tema da transparência organizacional e fortalecimento da cultura corporativa.

Existem, ainda, outras máscaras, como a do orgulho institucional, a hipocrisia no cumprimento das normas e regulamentos internos, sob o olhar de cumplicidade do profissional limitado, pela ausência de inteligência emocional e autoconhecimento.

O mais grave é que talvez nos tenhamos, todos, acostumado ao uso de máscaras, sem perceber os reais danos ao capital humano e ao resultado financeiro. 1 Artigo publicado 17 de Fevereiro de 2021, pela CHR - Um olhar para o pensar de forma colaborativa dentro das organizações.