Banco Mundial financia seis instituições de ensino superior
Com este projecto, governo pretende promover e melhorar qualidade da ciência, gestão institucional e resultados académicos. Instituições terão áreas ou acções concretas onde irão trabalhar para melhorar o ensino com base no financiamento do Banco Mundial, em parceria com Global para a Educação (GPE).
O Banco Mundial, em parceria com o Global para a Educação (GPE), financiou projectos de seis instituições de ensino superior, no valor global de 18 milhões USD, no âmbito do Projecto de Desenvolvimento do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia (TEST).
O TEST é uma "iniciativa estratégica do Governo com o objectivo de fortalecer a qualidade e a relevância do ensino superior, especialmente nas áreas da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEAM), promover a empregabilidade e incentivar a ligação entre as universidades e o sector produtivo." As instituições que receberam o financiamento são o Instituto Superior Politécnico do Bengo (ISP-Bengo), Universidade do Namibe (UNINBE), Universidade José Eduardo dos Santos (UJES), Instituto Superior de Ciências da Educação de Benguela (ISCED -Benguela), Universidade Rainha Njinga a Mbande (URNM) e o Instituto Superior Politécnico do Cuanza Sul (ISPCS).
Na prática, as instituições que receberam este financiamento terão áreas ou acções concretas onde irão trabalhar para melhorar o ensino. Por exemplo, o projecto do ISCED -Benguela, que vai receber três milhões dos 18 milhões USD, "foca-se na qualidade da formação de professores, ou seja, vai capacitar os docentes em áreas críticas, reformular currículos, modernizar infra-estruturas e promover a equidade de género no acesso aos cursos".
Outro exemplo é o projecto do ISP do Bengo. Com um financiamento estimado em aproximadamente 3,05 milhões USD, "o instituto propõe a criação de um Centro de Investigação e Desenvolvimento em Agronomia, Alimentos, Ambiente e Zootecnia (CICDAZ), para suprir a carência de laboratórios e campos experimentais, elementos cruciais para o avanço da agricultura e da segurança alimentar em Angola".
Já a Universidade José Eduardo dos Santos procura a transformação digital, ou seja, o projecto tem como objectivo modernizar a infra-estrutura tecnológica da universidade, fortalecer os laboratórios em diversas faculdades e institutos, e capacitar o corpo docente e pessoal não docente.
"A criação de um Sistema de Gestão Universitário (SGU) robusto e baseado em nuvem, a aquisição de equipamentos informáticos e softwares de análise de dados, e o equipamento de laboratórios de STEAM são elementos centrais".
As instituições terão de apresentar os resultados destas acções num período definido.
No acto da assinatura dos acordos com as instituições, o ministro do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Albano Ferreira, sublinhou a grande satisfação com que testemunhou a assinatura dos acordos baseados em resultados, um financiamento do Banco Mundial, com a participação do Fundo Global, que visa propiciar o desenvolvimento do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação em Angola".
Para Ndilu Mankenda Nkula, secretário geral do MESCTI, o sucesso destes seis projectos será crucial para moldar o futuro do ensino e da investigação científica em Angola.
Recorde-se que este financiamento faz parte do empréstimo avaliado em 150 milhões USD do Banco Mundial e 50 milhões do Fundo Global para a Educação para implementar o projecto TEST. O governo pretende aplicar parte do financiamento na contratação de um consultor individual para a prestação de serviço de Elaboração de um Paradigma de Plano de Ensino Superior para as Instituições de Ensino Superior (PDI). O principal objectivo do governo é definir um paradigma do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e o seu respectivo roteiro, para promover melhor qualidade da ciência, gestão institucional e resultados académicos.