Os estudantes que estão no 2.º, 3.º e 4.º ano deste período vão continuar com os estudos sem qualquer impedimento desde que paguem regularmente as comparticipações, assegura a instituição.

O director-geral interino do ISCED, Zavoni Ntondo, justificou que o número de estudantes do pós-laboral que não pagam é elevado e está a comprometer o pagamento aos docentes, que recentemente realizaram uma greve, para reivindicar o pagamento dos seus ordenados.

"Criámos uma comissão composta por representantes dos sindicatos dos professores, coordenadores dos cursos pós-laboral e o financeiro da instituição, para analisar a participação dos estudantes em termos do pagamento de propinas e a conclusão a que se chegou é que os estudantes não pagam. Para não criarmos mais problemas com a entrada de novos estudantes, preferimos suspender as inscrições até resolvermos as dívidas que temos com os docentes", explica o director.

Zavoni Ntondo acrescentou que a comparticipação dos 600 estudantes deste período é de 15 mil Kz, valor que não compensa e quando se regista diminuição de estudantes só piora a situação financeira da instituição que não tem outra fonte de rendimento para pagar aos docentes. "Nas primeiras semanas de aulas, as salas ficam com 40 a 60 estudantes, mas depois de um ou dois anos o número reduz drasticamente, complicando as contas da instituição", reforça.

Quanto à retoma das inscrições, o responsável prefere não apontar qualquer data, mas avança que tudo está dependente da capacidade financeira da instituição, sem depender 100% da comparticipação dos estudantes.

O Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) encerrou os cursos de matemática e história, por estes terminarem o ano com apenas 10 estudantes. Isto quer dizer que os candidatos dos cursos de matemática ou de história terão de estudar no período diurno.

O coordenador do núcleo do Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES) no ISCED, Domingos Manaça, explicou ao Expansão que a medida da suspensão justifica-se, porque viu-se que boa parte dos estudantes do 1.º ano desistiram e com a pandemia, que veio agravar ainda mais a situação financeira das famílias, há muita probabilidade de desistência ao longo do ano lectivo.

(Leia o artigo integral na edição 636 do Expansão, de sexta-feira, dia 06 de Agosto de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)