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"Felizmente o estilo de música que faço é intemporal"

SELDA

Tem na forja o seu segundo CD, 9 anos depois de vender o "Morena de cá". Selda não adiantou data de lançamento. Limitou- -se a dizer que está em fase de finalização, mas que teve de procurar serviços fora, porque não os há no país, o que encareceu e adiou a chegada do CD.

O que tem estado a fazer?

Estou a terminar o meu CD, continuo a fazer concertos e o programa de rádio, na rádio Romântica.

E quando é que vai lançar o CD?

Ainda não há previsão, porque estou a terminar coisas que não sou eu quem faço, que não dependem de mim. Já tive previsões antes e que foram alteradas. Então, não quero voltar a dar previsões.

Em que passo é que está?

Estou mesmo no processo de finalização.

Já pode adiantar título, número de faixas, participações?

Ainda não tenho muito a adiantar. Mas será um CD com nove ou 10 faixas. Quanto às participações, é algo que também não posso revelar.

Vai manter os estilos?

Vou continuar a fazer os mesmos estilos.

Qual é a diferença de tempo entre um disco e o outro?

São nove anos. Felizmente, o estilo de música que faço é intemporal. Independentemente dos anos, a música vai continuar a tocar. Então, tem este lado bom.

O que levou a esta diferença de nove anos entre os dois discos?

Na verdade, não foi algo propositado. Foi algo que aconteceu, porque trabalho sozinha, por conta própria. A música que faço é cara de ser trabalhada, produzida. E não temos em Angola todos os recursos necessários para o fazer. Isto também atrasa o processo de produção do disco.

Tem de procurar soluções noutros mercados?

Sim. Temos de procurar noutros mercados estúdios, técnicos e, muitas vezes, até músicos. Já se trabalha com músicos de cá, mas às vezes precisamos de uma certa referência, um certo registo quando queremos ser precisos.

A questão do financiamento inibiu-a?

Este é um problema global, nem vou dizer que é nacional. Todo o mundo vai atrás, mas nem todos conseguem. Mas este CD, confesso que estou a fazer por conta própria porque gosto.

Já pensou em abrir-se mais a outros estilos musicais?

Talvez facilitasse o financiamento Eu faço música, sou cantora. Nunca fui aquela artista de dizer só faço isto. A partir do momento em que gosto de uma certa sonoridade e me identifico com ela, eu canto. Já fiz e faço outros estilos, porque cresci no bar, estou habituada a interpretar vários estilos. É claro que tenho a minha preferência, é como quando a gente entra numa pastelaria e pede vários bolos, mas prefiro o de chocolate.

Como é que surge a música na sua vida?

Eu faço soul music, mas prefiro chamar de música alternativa, porque, na verdade, é uma mistura de vários estilos. Tenho influências do jazz, assim como tenho da música popular brasileira (MPB), da Bossa Nova. Filipe Mukenga chama de MPA (Música Popular Angolana) àquilo que fazemos e acho o mais correcto.

Pelas nossas características?

Características de vários estilos, porque acabamos por fazer a fusão de vários estilos africanos e angolanos. Então, acho que o MPA será a forma mais correcta e inteligente, se o Brasil tem a MPB.

Já passa um bom par de anos desde que começou?

Sim. Entrei para este mundo aos 15 anos, quase profissionalmente, porque já fazia shows ao vivo e nunca mais parei.

(Leia o artigo integral na edição 676 do Expansão, de sexta-feira, dia 27 de Maio de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)