Angola vai beneficiar da ligação do cabo submarino para África num investimento de três gigantes tecnológicos
Angola faz parte do grupo de países africanos que vai beneficiar da ligação do cabo submarino "2 África", num investimento assegurado pelo gigantes tecnológicos Facebook, China Mobile e o Grupo MTN, com o intuito de aumentar a rapidez do serviço Internet no continente Berço.
O cabo submarino a ser construído será mais abrangente do que o inicialmente previsto, junta-se à ligação recentemente anunciada às Ilhas Canárias, trazendo também outra ligação directa para 35 países em vez dos 26 inicialmente previstos, daí que Angola, Nigéria, Seychelles e Comores também serão beneficiadas.
Segundo a agência de informação financeira Bloomberg, o Facebook, as empresas de telecomunicações China Mobile e o Grupo MTN coordenam a iniciativa. "O investimento significativo pelo Facebook no 2 África tira partido de outros investimentos que fizemos no continente, incluindo investimentos em infraestruturas na África do Sul, Uganda, Nigéria e na República Democrática do Congo", lê-se no comunicado da empresa.
Estima-se que a ligação deverá estar operacional em 2024, e vai garantir o dobro da capacidade disponível actualmente para todo o continente africano, acrescenta o mesmo comunicado.
A produção dos primeiros segmentos desta infraestrutura subaquática já começou nos Estados Unidos e vai incluir um cabo com 37 mil Km para ligar África, Europa e o Médio Oriente.
Os gigantes tecnológicos Facebook e a Alphabet, dona do Google, sustentam 80% dos investimentos mais recentes em ligações transatlânticas, procurando aproveitar o crescimento da procura por transferência rápida de dados que é usado em todos os segmentos, desde as consultas médicas até à transmissão de filmes ou troca de mensagens nas redes sociais.
Dados apontam para investimentos nos últimos anos, que chegam a quase 1 bilião de dólares, e surgem na sequência dos 20 mil milhões de dólares investidos pelas empresas telefónicas nas redes submarinas de fibra óptica na sequência da forte expansão das empresas tecnológicas na década de 90.