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Economia

OPEP pressiona preço do crude

SEMANA DE 08 A 15 DE NOVEMBRO

Crude recuou devido à fraca procura e projecções da OPEP. O Fed cortou a taxa de juro, mas o aumento da inflação e receios de guerra de tarifas EUA-China geraram cautela. Dólar valorizou e o euro atingiu mínimos.

O preço do petróleo recuou na última semana devido a receios sobre o enfraquecimento da procura, atingindo mínimos de duas semanas. No final da sessão de quarta-feira, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, estava cotado a 67,42 USD por barril, enquanto o Brent, em Londres, se situava nos 71,24 USD por barril.

Na terça-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) publicou o seu relatório mensal do mercado de petróleo referente a Outubro, no qual reduziu as suas perspectivas de crescimento do consumo global para 2024 e 2025. Adicionalmente, os preços do barril têm reagido aos fracos indicadores da economia chinesa recentemente divulgados, bem como aos relatos de insuficiência dos estímulos orçamentais anunciados pelas autoridades chinesas.

Do lado da oferta, os investidores têm demonstrado preocupações em relação a um possível aumento da produção nos EUA sob a nova administração do país, assim como aos planos da OPEP e seus aliados (OPEP+) de expandir a produção no início do próximo ano. O relatório da OPEP também refere um aumento na oferta do grupo e dos seus aliados em 215 mil barris em comparação com Setembro deste ano, com uma parte significativa desse incremento a vir da Líbia.

Esta semana, o banco central norte-americano, o Federal Reserve (Fed), decidiu cortar em 25 pontos base a sua taxa de juro de referência, fixando-a no intervalo de 4,50% a 4,75%. Este é o segundo corte deste ano, após o primeiro em Setembro, de 50 pontos base. Esta decisão teve impacto nos mercados financeiros. Contudo, o aumento da inflação nos EUA, de 2,4% para 2,6% em Outubro, associado aos receios de uma nova conflito de tarifas entre os EUA e a China, voltou a suscitar preocupações entre os investidores.

Na bolsa norte-americana, o índice tecnológico Nasdaq avançou 0,09%, enquanto o alargado S&P 500 caiu 0,19%. Já na Europa, o índice de referência Euro Stoxx 600 recuou 1,28%, o CAC de França caiu 2,08% e o DAX da Alemanha desvalorizou-se 1,49%. Por seu lado, na Ásia, destaca-se o Hang Seng de Hong Kong, que caiu mais de 4%.

Por fim, no mercado cambial, o dólar norte-americano valorizou-se face às principais moedas. O índice DXY da Bloomberg, que acompanha o desempenho da moeda norte-americana, subiu 2,59% na semana, para 106,09 pontos, o valor mais elevado desde Junho passado. Por outro lado, o Euro tem vindo a perder valor face ao dólar, tendo atingido esta semana mínimos desde Novembro de 2023.

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