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Empresas & Mercados

AS Consulting lança Conexões para aproximar startups dos investidores

PRIMEIRA SESSÃO DE APRESENTAÇÕES JÁ A 31 DE MAIO

O programa vai garantir que os promotores das startups façam apresentações públicas das ideias aos potenciais investidores num evento presencial. Além de fazer acompanhamento das empresas para atinjam o sucesso, a Conexões vai cobrar uma percentagem mínima, a definir, por cada financiamento.

O ecossistema de startups no País ainda é muito refém do financiamento, o que tem provocado a morte prematura de muitos projectos. A AS Consulting, através do programa Conexões, quer ser a ponte que liga os promotores e empreendedores através de realizações de pitch (pequenas apresentações de projectos verbalmente), durante o ano.

Neste ano do arranque do programa, estão seleccionadas seis áreas de actividade económica, desde tecnologias à saúde e bem estar, cada uma delas corresponderá a uma sessão.

A primeira das seis sessões do programa Conexões, que vai inaugurar a sua primeira temporada, vai ser realizada já no dia 31 de Maio, em Luanda, no hotel Epic Sana, a última em Novembro. Nesta primeira secção vai dar primazia as startups ligadas ao sector das tecnologias e inovação.

As startups já se podem se inscrever através de site do programa Conexões, de forma gratuitas. Entretanto, para merecerem o pitch, vão passar por um primeiro crivo, que vai aferir as características comuns de uma startups, como a inovação e a capacidade impactar o mercado resolvendo um problema especifico no mercado angolano, ou global Entre os critérios incluem-se também o potencial de crescimento e a viabilidade financeira do projecto.

Depois desta primeira fase, os projectos devem passar também por um corpo de jurados, especialistas nos sectores, que vai seleccionar as seis startups mais promissoras. Estas que forem aprovadas vão ser o foco do evento presencial, tendo oportunidade de fazer as apresentações aos investidores e todas entidades e as individualidades presente na sala de evento.

As startups que não chegarem à fase de apresentação pública das ideias, tem a possibilidade de continuarem a ter visibilidade no site do programa Conexões, sendo que os projectos que tenham também potencial, mas não tiverem oportunidade de se exporem presencialmente aos investidores, o programa da consultora AS Consulting vai se encarregar em apresentar os projectos aos investidores. Para os projectos se manterem visíveis na plataforma tem um custo mensal de 50 mil Kz.

"Nós identificamos que há um problema na aceleração das startups, temos 62 incubadoras, entretanto zero aceleradoras [entidades sem fins lucrativos que fazem acompanhamento de startups até ao acesso do mercado financeiro], explicou António Santana, CEO da AS Consulting e director do programa.

No evento, estarão presentes entidades do mercado financeiras, nomeadamente Fundo de Capital de Risco Angolano (FACRA), crowdfundings do mercado nacional, business angel (investidores anjos), e venture capital (financiamento à empresa em estágio inicial com potencial de valorizar os recursos em longo prazo). Estas entidades associaram-se ao programa para identificarem projectos inovadores com potencial.

"Este é um espaço físico e digital (através do site), que pretende congregar todos os actores importantes do ecossistema das startups", de acordo com António Santana, que teve uma carreira na banca e agora é consultor.

Startups vão ser acompanhadas

Além do programa Conexões pretender ser a ponte entre os promotores de startups e os financiadores ou investidores, tenciona também conectar ao ecossistema empreendedor as aceleradoras, seguradoras, incubadoras, empresas e associações empresarias, instituições de ensino, auditores, e também institutos públicos.

Para assegurar que o financiamento seja bem aplicado pelas startups, AS Consulting, que é uma consultora especializada no mercado financeiro, vai fazer acompanhamento destes projectos não só para transmitir confiança ao financiador ou investidor, mas também para permitir que o projecto atinja o sucesso que se espera.

"Não somos um projecto de filantropia vamos cobrar uma percentagem para cada projecto financiado, um valor mínimo", explica António Santana sem avançar a percentagem definida.

O consultor acredita que além do financiamento ser um handicap no ecossistema, o acompanhamento jurídico, a mentoria técnica assim como orientação para criar um plano de negócios sustentável, são igualmente importantes.

Leia o artigo integral na edição 773 do Expansão, de sexta-feira, dia 26 de Abril de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)