Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Empresas & Mercados

Bestfly investe 52 milhões USD em helicópteros para serviço à Chevron

APARELHOS VÃO APOIAR OPERAÇÕES DA PETROLÍFERA EM CABINDA

A Bestfly investiu 52 milhões USD na compra de quatro novas aeronaves de origem italiana. Os meios aéreos vão apoiar operações petrolíferas da Chevron em Cabinda. A companhia aérea angolana, com operações em Cabo Verde, venceu o concurso público da Chevron no ano passado.

A Bestfly, empresa angolana de aviação, investiu cerca de 52 milhões USD na aquisição de quatro aeronaves, do tipo helicóptero, parte dos quais financiados com o recurso a um empréstimo em euros do Banco Angola de Investimentos (BAI), no montante de 32,3 milhões USD.

Os aparelhos vão servir para apoiar as operações da petrolífera americana Chevron, na base de Malongo, concretamente nos blocos 0 e 14. As quatro aeronaves, modelo Leonardo AW169, foram compradas em Itália e a Bestfly prevê reaver o investimento dentro de sete anos, segundo afirmou Nuno Pereira, director geral da Bestfly. Este é um contrato de oito anos que a companhia conquistou, após ganhar o concurso público que a Chevron anunciou em Maio de 2021, tendo, em Março deste ano, indicado a Bestfly como vencedora.

Nuno Pereira não avançou o valor do contrato, mas garantiu ao Expansão que este "é o maior contrato de aviação" que a companhia tem em Angola. As aeronaves chegam ao País faseadamente, sendo que na semana passada já foram recepcionadas duas, faltando outras duas, que chegam no final de Agosto. Do total do investimento que a companhia aérea fez para cumprir este contrato, 31,5 milhões euros foi com o recurso a um empréstimo do BAI. Dinheiro que, de acordo com Fábio Correia, gestor de marcas do banco, "foi determinado para ser devolvido no prazo de cinco anos".

Já para o director geral da Bestfly, "o financiamento do BAI permitirá à empresa suportar a operação na indústria do oil & gas, garantindo a continuidade da exploração de petróleo no País com os mais elevados padrões de segurança operacional e excelência de serviço".

A Bestfly é uma empresa vocacionada para servir a indústria da aviação e tem no seu core business três tipos de operação-chave: assistência de aeronaves e companhias aéreas em Angola, operador aéreo não regular e exploração de transporte aéreo regular. A companhia presta serviço a mais de 200 clientes regulares no País, com contrato de longo prazo, como são os casos da Exxon, BP, ENI e Catoca, e outras empresas e organizações que alugam aeronaves esporadicamente, como a Mota-Engil, Afavias, Tecnovia, BAI, BNI, BIC e BNA.

Em Maio do ano passado, a Bestfly começou a operar em Cabo Verde, a convite do governo cabo-verdiano, ficando com a concessão do serviço público de transporte aéreo interilhas, através de um contrato emergencial de seis meses. Após os seis meses do contrato emergencial, que terminou em Outubro de 2021, a operação foi entregue permanentemente à Bestfly, que substituiu a empresa espanhola Binter, que detinha a Transportes Interilhas de Cabo Verde TICV, até então o único operador aéreo a assegurar as ligações domésticas, e que não sobreviveu à quebra de receita resultante da pandemia da Covid-19.

(Leia o artigo integral na edição 686 do Expansão, de sexta-feira, dia 05 de Agosto de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)