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BPI triplica os lucros em Setembro, do resultado líquido de 242 milhões de euros, 100 milhões tem origem no BFA

Banca

O BPI reportou um resultado líquido de 242 milhões de euros no acumulado dos nove primeiros meses deste ano, valor que representa quase o triplo dos lucros de 86 milhões que tinham sido alcançados em igual período do ano passado. Em Portugal, o banco ganhou 137 milhões de euros, praticamente o triplo dos ganhos de 2020.

As contas foram divulgadas em Lisboa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Para este aumento significativo dos resultados positivos do banco português, muito contribuiu o banco angolano BFA (Banco de Fomento de Angola).

"Na actividade em Portugal, o resultado líquido recorrente do BPI ascendeu a 137 milhões de euros, que compara com os 47 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado, quando se registaram imparidades significativas para prevenir potenciais impactos da pandemia. O contributo da participação no BFA para o resultado consolidado foi de 100 milhões de euros (que inclui os 40 milhões de euros do dividendo de 2020 e 50 milhões de euros da distribuição de reservas reconhecidos em resultados)" diz o comunicado da instituição enviado à CMVM.

O banco português detém 48,5 do BFA desde 2017, sendo que teve mesmo participação maioritária que teve de alienar por pressão do BCE (Banco Central Europeu), vendendo 2% à UNITEL nessa altura.

Em termos de solidez, o BPI cumpre hoje os requisitos mínimos exigidos pelo Banco Central Europeu: o rácio mais exigente, o CET1, está nos 14,5%, quando o patamar mínimo era de 8,5%. O capital total exigido está fixado nos 12,875%, estava em 17,6% em Setembro. Números que não foram afectados de forma acentuada pela distribuição de dividendos.

Entre Janeiro e Setembro, o BPI conseguiu ainda aumentar a margem financeira em 2,8%, para os 340 milhões de euros, ao mesmo tempo que as comissões líquidas cresceram 15,7% e totalizaram 204 milhões de euros. O produto bancário cresceu, assim, mais de 10%, fixando-se em 544 milhões no final de Setembro, explica o português Jornal de Negócios.

Já os custos de estrutura reduziram-se em 1%, para os 326,2 milhões, enquanto o rácio de "cost-to-income" diminuiu para 54,7%.

Quanto à capitalização do banco, o rácio de common equity tier 1 aumentou de 13,9% em setembro de 2020 para 14,5% no mesmo mês deste ano.

O BPI reestruturou os seus quadros em cerca de 77 trabalhadores dispensados até Setembro deste ano através de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo, processo em que gastou 13,9 milhões de euros.