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OPEP + não chega a consenso e barril de brent atinge níveis históricos de 77,56 USD

Últimas reuniões sem entendimento entre parceiros

O preço do barril de brent mantinha-se hoje acima nos 77,56 dólares, em máximos desde Outubro de 2018, depois de a OPEP+ ter suspendido, pela terceira vez, a tão esperada reunião para definir quotas de produção para os próximos meses, que, por falta de consenso, voltou a ser adiada, devido à resistência dos Emirados Árabes Unidos.

O mercado petrolífero abriu a 77,56 USD, enquanto o WTI estava esta manhã nos 76,76 USD.

A pressão para arrefecer o mercado ouve-se de grandes consumidores, como é o caso da Índia, terceiro maior consumidor mundial de petróleo, que está "a exortar o grupo de produtores a reduzir a pressão inflaccionista", tal como noticiou o Expansãohttps://expansao.co.ao/artigo/146673/opep-decide-quinta-feira-se-mexe-na-producao-?seccao=exp_merc

A redução na produção e o aumento do preço do petróleo agrada a Angola, que por conta disso regista um superavit na sua conta corrente de 1.975 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2021, conforme informou esta segunda-feira o BNA.

As reuniões de quinta e sexta-feira passadas terminaram sem que os membros da OPEP+ tivessem chegado a um entendimento por unanimidade, condição exigida para todos os acordos da organização que é constituída por 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e mais dez aliados. Também a reunião desta segunda-feira foi inconclusiva quanto à política de produção.

O mercado está a ressentir-se com esta indefinição. De acordo com agências internacionais os Emirados Árabes Unidos não cederam na sua posição, a única que impede o progresso, de condicionar o seu apoio para prolongar a validade do actual acordo - que expira em Abril de 2022 - a um aumento da sua quota nacional.

Com estas exigências, o acordo preliminar alcançado pela Arábia Saudita e pela Rússia para aumentar a produção conjunta todos os meses em 400.000 barris por dia durante 14 meses (até Setembro de 2022) permanece bloqueado.

O mercado receia agora que possa haver uma escassez da oferta perante um aumento da procura de petróleo bruto neste verão, motivada pela recuperação económica nalguns países após a crise provocada pela pandemia da Covid-19.

Recorde-se que em Maio e Junho de 2020, a OPEP+ acordou a redução da produção em 9,7 milhões de barris, na tentativa de corrigir os preços que tinham baixado abruptamente devido à quebra no consumo, despoletada pela pandemia mundial.