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Opinião

A saúde da nossa educação (parte 2)

Visto do CEIC

Não basta que se interne o sistema de educação e ensino numa unidade de cuidados intensivos

Na primeira parte do artigo apresentei o estado da educação, através de uma breve avaliação ao ensino geral (primário e secundário). O ensino geral enfrenta vários desafios para dar resposta à procura, nomeadamente a insuficiência de salas de aulas e de professores, a existência de um número elevado de professores sem formação adequada, a existência de infraestruturas precárias e a insuficiência de manuais e material didáctico. Portanto, é natural que se registem elevadas taxas de abandono escolar, altos índices de reprovação, persistência do atraso escolar e níveis de aprendizagem muito baixos.

Estes resultados podem ser explicados tanto pelas condições de infraestruturas e de recursos humanos postos ao serviço deste subsistema (devido ao fraco investimento no sector da educação) quanto pela degradação das condições económicas e sociais das famílias assoladas por meia década de crise económica, financeira e social.

Quanto aos recursos humanos directamente ligados ao processo de ensino e aprendizagem, parece estar-se a desenhar uma tendência de redução.

Em 2014 existiam mais de 156,234 professores efectivos no Ensino Primário. No entanto, dados de 2018 davam conta que três anos mais tarde (em 2017) já só havia 89,689 professores efectivos para o ensino primário e em 2018 passaram para 90,646. O que expressa muito bem uma tendência avançada pelo Relatório Social de 2016(1) que "denunciava" a possibilidade de existir uma "crise de professores". Naquela altura justificada pelo congelamento de ingressos de novos professores. Entretanto, apesar da contratação de novos professores nos anos seguintes a tendência não se alterou, pelo menos a nível do ensino primário

*economista e investigador

(Leia o artigo integral na edição 650 do Expansão, de quarta-feira, dia 10 de Novembro 2021, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)