Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Opinião

Quando o financiamento à economia não passa apenas pela banca

CONVIDADO

De forma metódica e muito ponderada, no que à nossa economia diz respeito, aos poucos, mais ou menos, os agentes económicos vão dando mostras de maturidade na lida com produtos estruturados e de alguma complexidade dos mercados financeiros, dando particular destaque aos mercados accionistas e obrigacionistas, que, por maioria de razão, afiguram-se como promissores nos anos vindouros.

Tradicionalmente, a banca tem sido o veículo preferencial, ou o mais apetecível para o sustento do financiamento à economia, deixando cada vez mais patente a ideia de que a banca é, de facto, um dos grandes motores para o bom funcionamento de qualquer economia.

Hoje por hoje, fruto da escaldante evolução das tecnologias de informação e comunicação (TIC), bem como da modernização do sistema financeiro como um todo, num mundo que se pretende cada vez mais globalizado, a adopção de medidas inovadoras leva a despertar a curiosidade e a sensibilidade dos agentes económicos, sobre de que forma se podem financiar sem que necessariamente façam recurso à banca para atingirem os seus intentos, ajudando desta forma a potenciar o desenvolvimento económico, com reflexo traduzido na geração de riqueza e criação de mais postos de trabalho.

De forma metódica e muito ponderada, no que à nossa economia diz respeito, aos poucos, mais ou menos, os agentes económicos vão dando mostras de maturidade na lida com produtos estruturados e de alguma complexidade dos mercados financeiros, dando particular destaque aos mercados accionistas e obrigacionistas, que, por maioria de razão, afiguram-se como promissores nos anos vindouros. As sementes foram lançadas e, por si só, relevam a grande ousadia demonstrada por importantes instituições do nosso sistema financeiro, sobre a dinamização da economia por via do financiamento no mercado de capitais.

É meu entendimento que as fontes alternativas de aquisição de financiamento, com a finalidade de se alavancar a actividade económica no país, encontram-se um tanto ao quanto reféns da diversificação destas fontes, ou seja, dependem de uma imensidão de pressupostos, onde o custo deste funding surge como um dos indicadores de maior impacto.

Não obstante este pressuposto de elevada relevância, parece haver uma tendência muito grande numa corrida desenfreada para alcançar a diversificação das fontes de aquisição de financiamento, com o fito de aquecer cada vez mais a nossa economia. É precisamente neste quesito, e com a devida permissão dos estimados leitores, que pretendo aqui dar algum destaque ao denominado sector informal da nossa economia, com uma análise inclinada para um discurso com um cunho mais detalhista e menos generalista.

O termo poupança aparenta ser ainda um tema tabu nos mais variados círculos da nossa sociedade. Será verdade que o povo angolano não tem a cultura da poupança? Regra geral, a poupança do cidadão comum é canalizada, por via da famosa Kixikila (produto made in Angola), que é sem sombra de dúvida a forma mais simples encontrada pelo cidadão quando pretende alcançar algum objectivo de curto ou médio prazo, geralmente a compra de um bem duradouro, mas quase nunca voltado para o pensamento de rentabilizar esta poupança, ou seja, colocar o dinheiro a trabalhar para si mesmo. Esta pretensão de aquisição imediata do bem duradouro julgo estar muito relacionada com a perda repentina do poder de compra a que se encontra exposto o pacato cidadão, fruto da inflação que corrói e esvazia cada vez mais este poder de compra.

No meio desta falta de visão ou orientação, ocorre-me levantar a seguinte questão:

De que forma as famílias podem ou devem canalizar as suas poupanças para o investimento?

(Leia o artigo integral na edição 727 do Expansão, desta sexta-feira, dia 2 de Junho de 2023, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)