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"Durante a pandemia sobrevivi a vender peixe e a fazer lives na net"

DJ DANGER

Actua há mais de 30 anos. Já animou as festas mais badalas da cidade, até que decidiu abrir a sua primeira empresa de venda de material de som, e depois a Prostage Angola, com recursos próprios. O maior evento que já realizou acolheu 300 mil pessoas.

De DJ de quintal a CEO da Prostage Angola. Conte-nos a sua trajectória.

Já lá vão sensivelmente trinta anos, desde que comecei a passar músicas em festas familiares e, com o passar do tempo, senti a necessidade de aumentar a potência de som que tinha e profissionalizar-me. Em 2007, decidi investir em equipamentos de som profissionais.

É assim que nasce a Leinunes Áudio?

Sim. Aquando da compra do meu sistema de som profissional, tive a necessidade de criar uma empresa, na altura, denominou-se Leinunes Áudio e cada vez mais, surgia a oportunidade de investir e reinvestir cada vez mais.

Seguindo-se a Prostage Angola, certo?

Exactamente! Fiquei durante treze anos na liderança da empresa anterior até que a necessidade de me profissionalizar melhor e empreender foi crescendo. Em 2020 criei a empresa prestadora de serviços Prostage Angola, que passou a ser mais estruturada que a anterior e continuo a trabalhar até aos dias de hoje.

Foi criada com fundos próprios ou financiamento bancário?

A Prostage Angola é uma empresa criada a partir de fundos próprios, não beneficiei de nenhum financiamento bancário.

Qual é a sua participação societária?

A minha participação societária é de 50%.

Ser DJ, para si, é um hobby ou profissão?

Se olharmos para a definição de profissão, que é um trabalho ou actividade especializada dentro da sociedade, geralmente exercida por um profissional, então é uma profissão, pois se fosse hobby não seria pago, não cresceria, nem aprenderia novas técnicas. Claro que me divirto e muito a trabalhar naquilo que gosto e sei fazer.

O que mais lhe dá prazer de organizar, festas de quintal (onde tudo começou), festivais, espectáculos ou eventos corporativos?

Estou capacitado para organizar todo o tipo de eventos. Mas o que me dá mais prazer é organizar eventos que alegrem e animem as pessoas. Gosto de fazer com que as pessoas se sintam bem.

Além da Prostage Angola, gere ainda uma casa nocturna. Qual é o conceito e para quem é dirigida?

O espaço chama-se Eufóricos - Lounge & Bar e o conceito é recordar os anos 1980 e 90. É dirigido a pessoas adultas, que viveram os bons momentos destes anos, podendo recordar as músicas e reencontrar velhas amizades, embora alguns jovens, na faixa dos trinta e cinco anos, com bons gostos musicais, também estejam a ser abrangidos, por amarem as músicas daquela época.

Em comparação com outras casas, o que o Eufóricos oferece aos amantes das noites de Luanda?

Diferente das outras casas, o Eufóricos, às quintas-feiras, oferece um Remember Old Times, com o DJ Vadinho e eu a comandarmos os pitchs, onde se escuta e se pode dançar boa música tropical, num ambiente fresco e agradável, propício para reencontro de amigos e familiares. Sem esquecermos a acessibilidade e a segurança, que é o nosso lema.

DE DJ A EMPREENDEDOR...

O nome Luís Miguel Leitão Nunes pode dizer pouco para a maioria das pessoas, mas ao ouvir DJ Danger conota-se logo a um dos maiores animadores de eventos variados do País. Casado e pai de sete filhos, frequenta o3º ano universitário do curso de Gestão, na Universidade Gregório Semedo. Um profissional que gosta de trabalhar, investigar, ouvir boa música e estar com a família.

As influências musicais são Paulo Flores, Kassav, Francky Vincent, Euclides da Lomba, Bangão, Roberto Carlos, Júlio Iglesias, Cabo Verde Show, Yola Semedo e Sting. "Gostaria que a minha empresa chegasse ao nível das empresas internacionais como Gabisom (Brasil), PRG (Alemanha, Gearhouse (South Africa)", refere. Os filmes são algo que não dispensa e junta a isto a prática de campismo nos tempos livres.

Criou a sua primeira empresa de venda de material de apoio aos Dj"s e, mais tarde, avançou para a Prostage Angola, onde exerce o cargo de CEO, ao mesmo tempo que gere uma casa de diversão nocturna na capital do País. Mas o empreendedorismo vai até ao ponto de se tornar um revendedor de peixe, devido às dificuldades relacionadas com a Covid-19. Ia à lagoa da Cabala comprar cacussos e choupas para revender no centro da cidade de Luanda. Isto durante a fase da pandemia, altura em que não se realizavam espectáculos. E a sua esposa acompanhou este desafio para manter o sustento económico da família.

O DJ, que é hoje também CEO e gestor de empresas, tem como sonho ser mais rico que Elon Musk, considerado uma das pessoas mais ricas do mundo. Quando está diante de uma banda a fazer o sound check, chrga a "tocar o céu", diz que é algo descomunal

(Leia o artigo integral na edição 705 do Expansão, de sexta-feira, dia 16 de Dezembro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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