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Angola

Sal e fuba de bombó serão os primeiros produtos da reserva alimentar a comprar em Angola

PROCESSO PODE AVANÇAR NAS PRÓXIMAS SEMANAS

Foram identificados alguns produtores, foi constituída uma equipa técnica da Gescesta para fazer visitas às empresas e negociar posteriores contratos.

Nesta altura ainda não existem produtos produzidos em Angola na Reserva Estratégica Alimentar (REA), sendo que todos foram importados. Os primeiros produzidos em Angola que poderão entrar serão sal e fuba de bombó. "Estamos numa fase em que foram identificados alguns produtores, ainda não terminámos, sendo que depois serão visitados por uma equipa técnica da Gescesta para perceber a qualidade dos produtos, o volume de produção e as condições de um futuro abastecimento (quantidade e regularidade) ", explica

Eduardo Machado, que acrescenta: "A curto prazo iremos também divulgar um contacto da Gescesta onde os produtores interessados em fornecer poderão formalizar essa intenção."

Em termos práticos, por agora, é a própria gestão da REA que está a identificar produtores que possam ter capacidade para entrar e não existe um mecanismo para que estes se possam candidatar. "Numa primeira fase, o importante é juntar um volume significativo de produtos para que se possa ter acções no mercado com influência suficiente para "mexer" com os preços e isso faz-se com importações.

O objectivo da REA é também promover a produção nacional, mas para isso é preciso escala e, na verdade, nos produtos que estamos nesta altura importar não há disponibilidade de produção em Angola. No milho havia essa esperança, mas as duas campanhas agrícolas sucessivas com problemas de seca, inviabilizou essa possibilidade", explica. Confirma também que os dois primeiros produzidos em Angola que irão entrar na REA serão o sal iodizado e a farinha de bombó.

Relativamente ao primeiro, como sabemos, as associações do sector já demonstraram a sua insatisfação pelos principais operadores não terem sido contactados, reforçando que o sector no nosso país tem disponibilidades que rondam as 50.000 toneladas. As primeiras compras, no entanto, só devem acontecer dentro de várias semanas, depois de concluídos os processos que só agora se vão iniciar.

Sobre a farinha de bombó, tendo em conta as particularidades do consumo, terá de ser maioritariamente produzido em Angola, sendo que nesta altura já existem operadores referenciados e pensa-se que as visitas técnicas poderão começar a curto prazo para acertar as condições de fornecimento.

Neste particular, estarão envolvidas muitas pequenas indústrias, pelo que se levanta também a questão da complexidade logística, uma vez que é necessário recolher esta farinha em vários locais de diversas províncias do País.

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