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Azule Energy contrata Saipem para construir infraestruturas no Iº campo de gás não associado

ARRANQUE DO NOVO CONSÓRCIO DE GÁS

Trata-se de um contrato Chave na mão para construção, aquisição e Engenhaaria para o Campo de Gás do Quiluma. Especialistas aconselham o aproveitamento de empresas locais.

O Novo Consórcio de Gás, liderado pela Azule Energy, contratou a multinacional italiana especializada em serviços de prestação de serviços à indústria de petróleo e gás Saipen para tratar da engenharia, aquisição e construção da plataforma Quiluma e de uma planta de processamento de gás natural em terra, informou a revista Upstream online.

O player italiano recebeu três novos contratos - um onshore e dois offshore - para o novo Consórcio de Gás (NCG), liderado pela Azule Energy, que está a desenvolver os campos de Quiluma e Maboqueiro. O contrato avaliado em 900 milhões de USD atribui ainda à Saipem a responsabilidade de assistência de conexão e comissionamento da plataforma Quiluma. Não está claro qual o empreiteiro que irá lidar com o trabalho de Engenharia, Compras e Construção (EPC) na plataforma Maboqueiro.

O projecto representa a primeira exploração de gás não associado em águas angolanas, fornecerá gás para a economia doméstica e também complementará a matéria-prima para a planta Angola LNG, a partir do qual é exportado o gás angolano. O projecto inclui duas plataformas offshore, uma fábrica de processamento de gás e uma ligação à fábrica de Gás natural liquefeito (LNG sigla em inglês) de Angola para a comercialização de condensados e gás via carga de LNG.

As actividades de execução do projecto deverão começar este ano, com um primeiro gás planeado para 2026 e uma produção prevista de 330 Milhões de pés cúbicos padrão por dia ( cuja sigla em inglês é mmscf/dia) em plateau. Recentemente a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, a Eni e os parceiros do Novo Consórcio de Gás (Chevron, Sonangol, bp e Total) informaram que foi tomada a Decisão Final de Investimento (FID) para o desenvolvimento dos campos Quiluma e Maboqueiro (Q&M) por todos os membros do consórcio. Este será o primeiro projecto de desenvolvimento de gás não associado de Angola.

O sancionamento do Projecto Q&M é um marco importante para desbloquear novas fontes de energia , sustentando um fornecimento fiável de gás à fábrica de GNL de Angola e promovendo o contínuo desenvolvimento económico e social do País. O apoio prestado pelo ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, bem como por todos os demais ministérios envolvidos e pela ANPG, a Concessionária Nacional, foi essencial para desbloquear esta nova fase do desenvolvimento do gás offshore angolano.

Neste aspecto, o estabelecimento de um regime jurídico e fiscal aplicável às actividades a montante e à venda de gás natural em Angola, foi um elemento fundamental para o projecto. De acordo com responsáveis da Eni Angola, "os parceiros do NGC, com o apoio das autoridades competentes, continuarão a prosseguir a promulgação de todas as aprovações contratuais e regulamentares enquanto trabalham na adjudicação dos principais contratos de engenharia, aquisição, construção e instalação (EPCI) que darão início à fase de construção".

"Esta é uma decisão histórica, com a qual a Concessionária Nacional se congratula, porque a partir dela a exploração do gás em Angola assumirá seguramente outra relevância e uma nova dinâmica. A ANPG tudo fará para que o gás se assuma no nosso País como um negócio sustentável e rentável para os investidores", disse Paulino Jerónimo.

O Novo Consórcio de Gás é composto pela Azule Energy (38,4%, operador), Chevron (31,0%), Sonangol (19,8%) e Total (11,8%).

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