Negociações na BODIVA caem 6% para 4,2 biliões Kz
O volume de negociações alcançadas nos primeiros nove meses do ano, só valem metade dos 7,8 biliões Kz negociados em 2023.
O volume de negociações na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) caiu 6% para 4,2 biliões Kz nos primeiros nove meses do ano, face aos 4,5 biliões Kz registados no mesmo periodo do ano passado, de acordo com cálculos do Expansão com base nos dados preliminares mensais disponibilizados pela BODIVA, em dashboard.
Na base estão os números extraordinários alcançados entre Agosto e Setembro do ano passado, tendo registado 3,3 biliões Kz em apenas dois meses, o que eleva o número de negócios para cima, num ano em que o volume de negociações da BODIVA cresceu 399% para 7,8 biliões Kz, registando assim o record de negociações pela gestora dos mercados de bolsa desde que foi criada. Assim, o volume de negociações contabilizados nos primeiros nove meses do ano (4,2biliões Kz), só valem 54% dos 7,8 biliões Kz negociados em 2023.
Entretanto, o maior dinamismo das negociações deve-se ao crescimento do novo mecanismo de negociação de trocas de activos entre investidores e emitentes, os acordos de recompra (REPO, na sigla em inglês) que têm tido desde o ano passado maior impacto nas transacções, impulsionados pelos títulos de dívida pública, nomeadamente, Bilhetes do Tesouro (BT), obrigações de tesouro em Moeda Externa (OT-ME) e as indexadas (OT-TX).
Num acordo de recompra uma parte vende um activo, normalmente títulos de dívida pública, a outra fica com o compromisso de o recomprar numa data futura a um preço superior ao que vendeu. Caso o vendedor não consiga os fundos para recomprar os títulos no prazo acordado dos Repos, a venda temporária passa a definitiva e o comprador pode vender o activo a uma terceira parte para reaver os fundos que gastou ou manter na sua carteira de investimentos.
Em termos práticos, num acordo de recompra o título de dívida pública funciona como colateral e mitiga o risco de crédito do vendedor ao comprador.
Assim, o Banco Nacional de Angola (BNA) e as distribuidoras BFA capital Markets e AUREA foram os membros que mais transacionaram valores na bolsa nos primeiros nove meses do ano.