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Rio Tinto procura novas oportunidades de investimento em Angola

GIGANTE DO SECTOR ATENTA ÀS RESERVAS DE MINERAIS CRÍTICOS E METAIS BÁSICOS

Empresa de origem anglo-americana vai iniciar os trabalhos de prospecção na província do Moxico, onde também já está a Anglo American e a Ivanhoe Mines, naquela que poderá ser uma nova extensão do "Cinturão do Cobre".

O director-geral da Rio Tinto Angola, subsidiária da multinacional, que é a segunda maior empresa mundial do sector, admitiu que a empresa está interessada na exploração de novos projectos de minérios críticos para a transição energética e de metais básicos, sobretudo cobre, cobalto, zinco, titânio e alumínio. Também o investimento na exploração de terras pesadas está a ser analisado, segundo Canga Xiaquivila.

"A Rio Tinto pretende continuar a pesquisar e, no futuro, transformar em Angola os metais mais procurados para a transição energética", garantiu o gestor angolano durante uma conferência de imprensa realizada quarta-feira, em Luanda, que contou com a presença de Diamantino Azevedo, ministro dos Recursos Mineirais, Petróleo e Gás e de outros representantes do sector mineiro nacional.

O evento serviu para assinalar publicamente a assinatura de um contrato entre a Rio Tinto e o Governo para a prospecção numa área de cerca de 10 mil quilómetros quadrados na província do Moxico (mais precisamente nos municípios do Alto Zambeze e Bundas), num investimento avaliado em 5,7 milhões USD.

É naquela região que a empresa vai procurar o cobre, cobalto, zinco, titânio e alumínio, que poderá ser uma nova frente do conhecido "Cinturão do Cobre" (ou "Copperbelt" em inglês) que se estende pela RDC e sobretudo pela Zâmbia, onde o cobre é o principal produto de exportação.

Canga Xiaquivuila, que foi PCA do Instituto Geológico de Angola até Abril do ano passado, considerou mesmo que este contrato "é um novo ciclo da multinacional no País", já que os referidos minérios são hoje ainda mais procurados devido às necessidades decorrentes da transição energética e da produção de tecnologias limpas e renováveis.

"A Rio Tinto não quer ficar apenas nos diamantes e pretende explorar outros minérios em Angola", sublinhou Diamantino Azevedo, que lembrou a presença na mesma região do País da Anglo American e da Ivanhoe Mines, outras importantes multinacionais.

A Rio Tinto possui, desde 2023, um investimento diamantífero em fase de prospecção no quimberlito do Chiri, na província da Lunda Norte. Esta é uma parceria com a Endiama, que detém uma participação de 25% no referido projecto.

O Grupo Rio Tinto, de origem anglo-australiana, é o segundo maior do mundo. Foi fundado em 1873 e conta, actualmente, com 45 mil trabalhadores. Em 2022 a sua facturação global chegou aos 55,6 mil milhões USD.

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