Kwanza depreciou 21% face ao dólar e 25,5% face ao euro desde o início da pandemia
A moeda nacional já depreciou 21% face ao dólar e 25,5% face ao euro desde Março, altura que o País viu decretado o estado de emergência devido à pandemia da Covid-19. A depreciação está a ser influenciada pela menor disponibilidade de divisas no mercado cambial, afectando assim o diferencial entre as taxas de câmbio oficial e informal das principais moedas, com o dólar a valer esta semana 785 Kz e o euro a bater nos 900 Kz nas ruas de Luanda. De acordo com as taxas apuradas ao final da tarde da passada quarta-feira, comprar um dólar nos bancos custava 622,98 Kz, quando no início de Março valia 492,63.
Já o euro era vendido no mercado oficial a 773,74 Kz, quando no início de Março custava 546,40 Kz.
A justificar a queda no Kwanza está a redução dos recursos em moeda estrangeira, provocado pela queda na receita de exportações do petróleo, principal fonte de receita do país. Considerando que as receitas de moeda estrangeira do país resultam maioritariamente da exportação do petróleo e as receitas têm vindo a diminuir, isso significa que continua a haver maior procura do que oferta na negociação de moeda estrangeira, inflacionando, assim, as taxas de câmbio em desfavor da moeda nacional.
Acresce que o quadro de menor disponibilidade de recursos e de crescimento da procura tem feito subir o "gap" entre as taxas de câmbio das principais moedas estrangeiras no formal e no informal. Ou seja, se comparar um dólar no mercado oficial custa hoje 622,98 Kz ,nas ruas de Luanda, para a mesma moeda, as pessoas pagam 785, um gap de 26% face à taxa praticada pelos bancos.
(Leia o artigo integral na edição 591 do Expansão, de sexta-feira, dia 11 de Setembro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)