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Opinião

Sentido crítico

Editorial

O papel de um jornal como o Expansão é exactamente esse, levantar as questões que são faladas atrás das cortinas e nos corredores, para que as pessoas falem, que existam entendimentos e se acertem os passos neste longo caminho para o desenvolvimento económico. Muitas vezes, temos falado que este esforço de questionar deveria ser transversal a toda a comunicação social, que o sentido crítico, quando não ultrapassa o limite do insulto e da agressividade, é fundamental para termos um País melhor. E é nisso que temos todos de pensar primeiro, no que é melhor para Angola.

Ainda a propósito do comunicado do Ministério das Finanças sobre aquilo que eram as queixas dos banqueiros sobre a protecção que "era" dada a determinados bancos na hora de distribuir as divisas, ficou a saber-se que trimestralmente vai ser publicada a lista dos bancos que receberam moeda estrangeira do Tesouro Nacional, o que é um primeiro ganho. Porque certamente contribui para uma maior transparência.

Outro ganho é a possibilidade de poderem fazer análises sobre a própria tabela e colocar as questões que não estão explicadas, contribuindo para uma maior clareza e aproximação entre os diversos intervenientes. O diálogo não é um sinal de fraqueza ou de falta de autoridade, pelo contrário, de maturidade. Por isso, o Expansão volta ao assunto e tenta contribuir para esses esclarecimentos.

O papel de um jornal como o Expansão é exactamente esse, levantar as questões que são faladas atrás das cortinas e nos corredores, para que as pessoas falem, que existam entendimentos e se acertem os passos neste longo caminho para o desenvolvimento económico. Muitas vezes, temos falado que este esforço de questionar deveria ser transversal a toda a comunicação social, que o sentido crítico, quando não ultrapassa o limite do insulto e da agressividade, é fundamental para termos um País melhor. E é nisso que temos todos de pensar primeiro, no que é melhor para Angola. E isso não é seguramente "fingir" que está tudo bem, que temos um país maravilhoso e uma população sem problemas.

Muitos de nós temos de ter a coragem de dizer o que pensamos, que ideia e visão temos para cada um dos problemas que nos colocam, mas também de ouvir opiniões contrárias às nossas, sem que isso seja encarado como um ataque pessoal ou uma heresia. Objectivamente há muitos factores que contribuem para que muitos tenham perdido o sentido crítico, e muitos factores para muitos se advoguem únicos donos da verdade. Já falei muitas vezes disso.

O País está a desenvolver-se em termos económicos, é indiscutível, a produção nacional apesar de todas as dificuldades está a aumentar, sendo que o ritmo podia efectivamente ser mais acelerado. Se houvesse maior diálogo em todos os sectores, se houvesse uma genuína vontade de mudar práticas que infelizmente se enraizaram na nossa sociedade, certamente que já estaríamos uns quilómetros à frente.

E este é o apelo, vamos todos explicar o que fazemos e porque fazemos, comunicar com clareza, sem recorrer a terceiros para manipular a nossa mensagem, para que exista confiança entre todos os operadores. Confiança, como se aprende nos cursos de economia, é a variável mais importante para o desenvolvimento. E não vale a pena ter medo de fazer bem só porque a ideia não foi nossa.

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