O Fórum Internacional de Jovens com as Embaixadas (FIJE), com a parceria Lean Group Education, disponibilizou num total de 40 mil bolsas de estudo destinadas aos jovens de quatro Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Além de Angola, os países que fazem parte do programa são Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique que vão administrar 10 mil bolsas cada, num período de cinco anos.

As candidaturas estarão abertas de 17 de Janeiro a 10 de Fevereiro e deverão ser feitas presencialmente nas províncias seleccionadas. Huíla, por exemplo, será o centro das inscrições das províncias de Namibe, Cunene e Cuando Cubango, de 17 a 19 de Janeiro.

Os candidatos da província do Huambo e Cuanza-Sul vão fazer as inscrições em Benguela, de 22 a 24 de Janeiro, já os candidatos do Bié, Lunda-Sul vão se inscrever, de 30 a 1 de Fevereiro, na província do Moxico. Enquanto a província de Luanda vai encerrar as inscrições para os candidatos do Bengo, Zaire, Uíge, Kwanza Norte e Malanje, de 5 a 10 de Fevereiro.

Curso de Administração, Ciências Contábeis, Direito, Enfermagem, Educação Física, Farmácia, Gestão Pública, Letras, Logística, Nutrição, Pedagogia, Engenharia Civil, da Computação, Mecânica, Biomedicina, Segurança Pública, Serviços Sociais, Psicologia, Recursos Humanos, entre outros, são os cursos disponíveis para todas as bolsas de estudo.

Os candidatos para os cursos técnico-profissionais e licenciatura devem ter entre 18 a 25 anos, possuir o ensino médio, tendo obtido 12 valores no certificado, certificado de habilitações literárias, cópia do B.I, possuir passaporte válido por dois anos, no mínimo, declaração de frequência do curso (para cursos técnico-profissional), comprovativo de recenseamento militar (para homens) e o recibo de pagamento de inscrição, que está no valor de cinco mil kz.

Já os candidatos interessados na pós-graduação, Master in Business Administration (MBA) e Extensão Universitário devem apresentar o diploma de licenciatura ou certificado de habilitações literárias, B.I ou passaporte, curriculum vitae, carta de motivação e o recibo de inscrição.

As bolsas cobrirão até 80% dos custos académicos. Este valor vai custear a formação, estágio remunerado depois do 1.º ano, legalização do estudante no território brasileiro, subsídio de 600 reais depois de 4 meses (45 mil Kz) e jornadas académicas.

Os 20% restantes ficarão a cargo dos beneficiários, para o seu alojamento, alimentação, transporte, comparticipação no ensino e envio de 100 por mês para o bolseiro.

A passagem para o Brasil e de regresso a Angola é da responsabilidade do bolseiro.

Entre as instituições que poderão acolher os estudantes estão a Faculdade Sensu, Faculdade Santa Madalena Sofia, Faculdade Itecne, Faculdade Van Gogh, Faculdade Fadavila, Faculdade Fiso, Santé Corps e CEPUL.

De acordo com Américo Tomás, porta-voz do programa, o "Projecto de Bolsas de Estudo para o Brasil Caminhos Abertos, Vencemos Juntos" é muito mais do que um programa educativo; é uma ponte para a inovação, a inclusão social e o fortalecimento do capital humano. Desenvolvido em colaboração com a Lean Group Education (uma incubadora de instituições de ensino superior).

"Este programa não apenas cria oportunidades educacionais para jovens angolanos, mas também reafirma o poder transformador da educação como alicerce para o desenvolvimento sustentável", afirmou sublinhando que também proporciona aos estudantes, não apenas formação técnica e profissional, mas também vivência cultural rica e programas de mobilidade académica que expandem horizontes e inspiram o progresso.