A 39ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA 2024) arranca esta terça-feira, 23 de Julho, na Zona Econômica Especial (ZEE), com a expectativa de superar o número de empresas que participaram no ano passado, altura em que estiveram no evento 1.307 expositores, entre nacionais e estrangeiros.

A Feira foi apresentada na semana passada em Luanda pelo Ministério da Indústria e Comércio, e o grupo empresarial Eventos Arena, parceiros nesta iniciativa tida como a maior montra de negócios no País. Entre os vários "trunfos" para fazer da FILDA 2024 um grande momento estão a realização de fóruns e assinaturas de memorandos entre instituições empresariais angolanas e estrangeiras. E aqui, Portugal e outros países lusófonos destacam-se.

"Um destaque particular para o fórum Angola-Portugal onde vamos contar com a presença do primeiro-ministro português (Luís Montenegro). Está também prevista a realização de um fórum de negócios entre Macau e os países de língua portuguesa, assim como assinatura de dois acordos", avançou a secretária de Estado para o Comércio e Serviços, Augusta Fortes.

Os acordos vão ser assinados entre o Instituto de Desenvolvimento Industrial de Angola, a Universidade do Algarve e o município de Vila Real de Santo António. E também entre a Associação Industrial da Angola e a Confederação Empresarial de Portugal, explicou a responsável.

Este ano, para levar mais visitantes à FILDA serão criadas rotas específicas de transportes públicos para a ZEE durantes os seis dias do evento.

"Essas rotas já estão planeadas com os operadores que farão dos principais centros urbanos e dos principais locais de maior população linhas directas à Feira Internacional de Luanda. Estas linhas terão um ponto de desembarque na entrada principal da Zona Económica Especial, onde estarão outros autocarros que vão circular até ao recinto", explicou Bruno Albernaz, da Eventos Arena.

Devido à dimensão que se pretende para a Feira Internacional de Luanda, o ministro da Indústria e Comércio defende a necessidade de participação massiva dos cidadãos e não apenas das empresas.

"A feira é de todos os angolanos. É um ponto em que nós mostramos aquilo que podemos e somos capazes de fazer sozinhos e com a participação dos nossos parceiros internacionais. Por isso, queremos que nesta feira pudéssemos ter a participação massiva da população de Luanda que está mais próxima", defendeu Rui Miguêns.

No ano passado, a 38ª edição da Feira Internacional de Luanda contou com a participação de 1.307 expositores. Destes, 139 eram estrangeiros. E recebeu 75 mil visitantes, segundo os organizadores. A nível de premiação, o grande vencedor foi a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis que conquistou o "Leão de Ouro".