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Economia

Seguradoras preparam processo de adesão à plataforma Bloomberg FXGO

A ENSA É A ÚNICA SEGURADORA QUE JÁ TEM O PROCESSO TERMINADO

A porta foi aberta pelo BNA há quase um ano, mas é nesta altura que algumas seguradoras estão a concluir o processo de adesão à plataforma Bloomberg FXGO, onde terão acesso directo ao mercado cambial.

As companhias seguradoras que pretendem transaccionar moeda estrangeira através da plataforma bloomberg FXGO devem solicitar autorização ao Banco Nacional de Angola (BNA) através do banco comercial com o qual mantêm a principal relação de negócio, define o normativo. A solicitação de adesão deve ser acompanhada de uma exposição sobre as finalidades das operações cambiais que a companhia geralmente efectua, uma declaração subscrita pelo administrador financeiro a confirmar o seu conhecimento detalhado da regulamentação cambial aplicável às operações sobre o exterior, e a sua responsabilidade pessoal de assegurar o cumprimento integral da mesma.

Cristina Nascimento, administradora executiva da NOSSA Seguros, explicou que são muito poucas seguradoras que já estão inscritas e que a maior parte estão ainda num processo de adesão à plataforma. "Estamos a terminar o processo de adesão quer à Bloomberg FXGO, que nos vai permitir ter acesso ao mercado cambial, quer ao SIGMA, que é a plataforma que nos vai permitir negociar os títulos de curto prazo no mercado monetário do BNA".

A também técnica de assuntos financeiros e fiscais da Associação das Seguradoras de Angola (ASAN) disse que a participação das seguradoras na plataforma Bloomberg FXGO ainda é muito incipiente porque o acesso ao mercado foi dado muito recentemente e tem um custo associado. "Estar ligado a plataforma é relevante porque as seguradoras não estarão dependente da banca, pois vão actuar directamente no mercado e participar nos leilões, permitindo ser um player activo, ter acompanhamento muito próximo, que as nossas necessidades são colocadas de uma forma muito directa no mercado e não há aqui intermediários", confirma.

Kianda Troso, PCA da Protteja Seguros, explicou que a seguradora também está num processo de adesão, pois já se inscreveu junto do Banco Nacional de Angola e do banco operador. "Na verdade, já realizamos o processo e só estamos a aguardar resposta do BNA. Estando na plataforma teremos inúmeras vantagens porque iremos fazer a liquidação das responsabilidades com parceiros e fornecedores no exterior sem estar à mercê dos bancos e nem das taxas", refere.

Das seguradoras que colocaram o processo, a Ensa Seguros é a única que tem o processo concluído e que poderá utilizar a plataforma assim que for necessário."A Ensa Seguros já está habilitada, ou seja, já passou por todo processo, mas ainda não realizou nenhuma operação, mas caso exista a necessidade faremos recurso a plataforma", explica uma fonte da administração.

Para o PCA da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), Elmer Serrão, as seguradoras têm despesas em moeda estrangeira, nomeadamente, com resseguro e com a corretagem de resseguro e, portanto, acederem à plataforma vai permitir ter melhores preços nas transações cambiais. "Uma vez que as seguradoras precisam fazer face aos seus compromissos financeiros internacionais, em especial as actividades relacionadas com o resseguro, a participação directa no mercado cambial, diversifica as fontes de obtenção de divisas, permite a captação de taxas de câmbio em favor do apetite das seguradoras e elimina os constrangimentos associados aos desfasamentos entre as procura e oferta por moeda estrangeira", defende.

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