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Empresas & Mercados

Empresários e gestores estão um pouco mais optimistas

CONJUNTURA ECONÓMICA NO I TRIMESTRE DE 2024

A melhoria da confiança, essencialmente dos empresários da indústria transformadora e do sector dos transportes, influenciou o aumento para 11 pontos do Indicador do Clima Económico (ICE) angolano no primeiro trimestre de 2024. O sector da construção continua a ser o mais pessimista.

O indicador de clima económico subiu no 1.º trimestre de 2024, depois de uma queda no último trimestre de 2023, mantendo-se em terreno positivo. A evolução reflecte a confiança dos empresários e gestores empresariais na evolução da economia no curto e médio prazo. A justificação é que a actividade económica está a "aquecer", o que potencia o consumo e uma carteira de negócios mais favorável.

Em termos gerais, a confiança dos empresários e gestores sobre as perspectivas de evolução da economia angolana voltou a subir depois da queda registada no último trimestre do ano passado, estando em terreno positivo há 10 trimestres consecutivos, indica o inquérito, publicado na semana passada.

O ICE, que avalia as expectativas dos empresários (confiança ou pessimismo) sobre a evolução da economia no curto prazo, subiu três pontos percentuais (pp) desde o lV trimestre do ano passado, para 11 pontos entre Janeiro e Março de 2024.

É o valor mais elevado desde Dezembro, quando o indicador se fixou nos 8 pontos. Depois de cinco recessões económicas consecutivas (2016 a 2020), o ICE regressou a terreno positivo no IV trimestre de 2021, quando se fixou em 1 ponto, depois de quase sete anos em terreno negativo.

Os actuais 11 pontos do ICE correspondem ao saldo das respostas extremas, a diferença entre as avaliações positivas e negativas dos empresários sobre as perspectivas de evolução da economia angolana. Ou seja, a percentagem de empresários que tem perspectivas positivas sobre a evolução da economia nacional no curto prazo excede em 11 pp a percentagem dos que têm expectativas negativas.

Isto significa que, entre Janeiro e Março, os empresários e gestores estavam optimistas com o desenvolvimento da economia, embora ainda haja sectores de actividade em que os empresários estão menos confiantes na evolução do ambiente de negócios no curto prazo, como é o caso do sector da construção, onde o pessimismo voltou e está a aumentar ainda mais face aos valores anteriores.

Construção com menos encomendas

De acordo com as contas do Expansão, com base nos dados do Inquérito à Conjuntura Económica às Empresas do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), referente ao 1.º trimestre de 2024, o sector da construção, que se debate com a falta de encomendas, falta de crédito bancário e limitações financeiras, continua a ser aquele onde impera a menor confiança, ou seja, os empresários deste sector, pelo segundo trimestre consecutivo, foram os mais pessimistas.

Segundo o relatório do INE, o indicador apresentou tendências negativas e evoluiu desfavoravelmente face ao trimestre homólogo. A evolução negativa resulta da redução da carteira de encomendas actual e da perspectiva de actividades e de emprego nos próximos três meses.

Os empresários do sector afirmaram ter uma carteira de encomendas para cerca de 91 semanas em termos de obras públicas. Em termos homólogos, no parecer das construtoras, menos empresas registaram constrangimentos ao desenvolverem as suas actividades. A insuficiência da procura, a falta de materiais e as dificuldades na obtenção de créditos bancários, foram os principais constrangimentos registados durante o período em análise. O nível elevado da taxa de juro e o excesso de burocracia e regulamentações estatais também constrangeram as empresas do sector da construção e nos últimos cinco anos, a emissão de licenças de construção caiu 55%. (ver pág. 30)

Leia o artigo integral na edição 782 do Expansão, de sexta-feira, dia 28 de Junho de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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