Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Opinião

Intermediação financeira no mercado de capitais - desafios

CAPITAL HUMANO

As SDVMs/SCVMs, em particular pós-privatizações, serão desafiadas a criar produtos inovadores e condições para estimular novas emissões corporativas (designadamente em termos de custo e oportunidade, quando comparado com o recuso ao crédito tradicional), o que poderá ocasionar movimentos de consolidação.

A principal função da intermediação financeira é mediar, de forma segura e eficiente, o encontro entre a oferta de recursos financeiros excedentários de indivíduos e empresas e a procura por agentes económicos deficitários. Como tem sido demonstrado em vários estudos e pode ser observado empiricamente, este processo de mobilização de poupanças e alocação de recursos para o investimento e consumo potencia o crescimento económico de forma decisiva com impacto positivo sobre a taxa de crescimento do PIB per capita.

Em Angola, apesar de o sistema financeiro ser essencialmente baseado no sector bancário (bank-based), nos últimos dois anos assistiu-se a um desenvolvimento assinalável do mercado de capitais existindo o compromisso sério do Estado Angolano na dinamização do financiamento da economia por essa via. Exemplo disso, para além das tradicionais emissões de obrigações do tesouro, é a implementação do programa de privatizações, também através de operações em bolsa, que, tendo alcançado sucesso, lançou as bases da confiança no mercado de capitais e nos seus agentes.

Entre os agentes que desempenham um papel central no desenvolvimento e eficiente funcionamento e salvaguarda do mercado de capitais encontram-se os agentes de intermediação ligados ao mercado de capitais. Sem agentes de intermediação, um investidor (em particular, um investidor não institucional) não conseguiria, pelo menos a um custo razoável, reunir a informação necessária sobre as características dos activos disponíveis e comportamento dos mesmos no mercado para fundar a sua decisão de investimento.

De facto, a protecção conferida aos investidores pela intervenção destes operadores assume a maior importância por, entre outras, assegurar a realização de investimentos informados quanto ao risco do activo a investir (em função do perfil do cliente) viabilizando, desta forma, uma maior segurança e racionalidade na tomada de decisão de investimento. Isto, em mercados maduros, numa base diversificada e com expectativa de uma rentabilidade e liquidez atraente em termos comparativos a outros produtos bancários, como sejam os depósitos a prazo.

Leia o artigo integral na edição 802 do Expansão, de sexta-feira, dia 15 de Novembro de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui

Logo Jornal EXPANSÃO Newsletter gratuita
Edição da Semana

Receba diariamente por email as principais notícias de Angola e do Mundo