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"A arte tem o mérito de mostrar diferentes pontos de vista sobre a nossa realidade"

RICARDO KAPUKA- ARTISTA PLÁSTICO

É nas telas que o artista emite o seu parecer sobre a realidade social do País. Apesar de começar a actividade ainda criança, Kapuka considera a arte como uma paixão. As suas obras estão expostas na galeria Espaço Luanda Arte até ao dia 12 do próximo mês.

Tem uma exposição patente com o tema Realismo Social. Que realidade traz nas suas obras?

Nesta exposição trago a realidade do quotidiano no nosso meio social.

Qual é o seu objectivo ao trazer este tema?

O objectivo é a auto-reflexão como forma de despertar maior consciência sobre quem somos, e questionar-nos sobre o passado, o presente e o futuro.

Quantos quadros estão expostos?

Neste primeiro mês são sete obras, no segundo mês serão acrescidas mais duas obras, perfazendo nove no total e inclui-se também um pequeno vídeo instalação.

Em função do tema, todo o angolano consegue rever-se nas suas obras?

Todo o angolano pode reconhecer, através das obras, a sociedade onde está inserido de forma geral.

Realizou a primeira exposição com 11 anos. Nasceu para ser artista plástico?

Não penso que nasci para ser artista, faço arte por gosto, dedicação e alguma paixão por este trabalho.

Que experiências com arte foram importantes para si?

A experiência mais importante, para mim, foi o facto de que desde miúdo sempre desenhei, este gosto e prática mantenho até hoje.

A sua primeira exposição foi na sede da TPA, em Benguela. Hoje, a província tem salas para os artistas ou há necessidade de o artista expor as suas obras na capital?

Exponho na capital por ser representado por uma galeria de arte que aí tem sede.

Alguns artistas não vivem só da arte. No seu caso em concreto, vive apenas da arte? Se não, o que faz para além de pintar?

Desde 2010, que tudo o que faço, além de pintar, está sempre interligado à arte.

Em Benguela há compradores?

Existem apreciadores e compradores de arte por todo o país.

De forma geral, no País, já há mais compradores do que há 10 anos?

Existem flutuações, como em qualquer outro mercado.

Qual é a análise que faz do mercado das artes plásticas nacional?

O mercado nacional precisa de maior valorização da cultura de forma geral e transversal. Mais galerias de arte, museus, colecionadores, mecenato, etc. Melhores condições de trabalho e produção a todos os níveis, existe muito trabalho a ser feito ainda.

Os artistas também são definidos como defensores da sociedade. Como olha para a situação socio-económico do País?

A situação económica não é das melhores de momento, as crises económicas têm atingido brutalmente praticamente todos os sectores, principalmente as franjas mais desfavorecidas da nossa sociedade.

Qual é o efeito que a arte causa nas pessoas?

A arte tem o efeito de levantar questões e mostrar diferentes pontos de vista sobre a nossa realidade, faz contemplar as diferentes facetas do espírito humano, desde a alegria e a tristeza, tudo o que acontece na vida.

A arte plástica ainda é um bem elitista ou já há obras para todos os bolsos?

Não vejo a arte como um bem elitista, o custo de produção das obras talvez seja elitista para nós os criadores de arte, pois a maioria não é rico. Dependendo do que se quer e procura com certeza existem obras para todos os bolsos.

Leia o artigo integral na edição 775 do Expansão, de sexta-feira, dia 10 de Maio de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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