Gestão de processos de negócio
O potencial da aplicação deste modelo de gestão e da hiper automação é gigante e pode impulsionar incrivelmente o crescimento económico, especialmente em sectores como a indústria, o sector financeiro, o retalho ou a saúde, com ganhos em competitividade locais e internacionais.
A competitividade no sector industrial é cada vez mais forte e as empresas que singram e fazem face à concorrência e às dinâmicas de mercado são aquelas que conseguem desenvolver estratégias organizacionais suficientemente eficientes. O objectivo é que, por um lado, lhes tragam retorno financeiro, por outro, satisfaçam as necessidades do mercado e dos clientes, com experiências singulares e marcantes, optimizem recursos, evitem desperdícios e aumentem a produtividade. Este é o objectivo de todos os decisores empresariais. Neste contexto, muito se tem falado do modelo de gestão de processos de negócio (BPM) que surge como um elemento estratégico indispensável.
Mas o que é este modelo de gestão e porque tem sido tão falado nos últimos tempos? O modelo BPM ou gestão de processos de negócio é uma abordagem de gestão que investe na melhoria contínua dos processos empresariais das organizações. Combina metodologias, técnicas e ferramentas que desenham, executam, monitorizam e optimizam os processos do negócio. A ideia chave aqui é foco na eficiência e eficácia dos processos.
Comecemos por pensar em alinhamento, estratégia e processos. Muitas vezes as empresas crescem e não tem um desenho operacional definido. Com o tempo os processos tornam-se confusos e implicam custos adicionais. Por vezes é necessário dar um passo atrás e estudá-los, para perceber se é possível fazer melhorias. Se os processos internos estiverem em sintonia com os objectivos estratégicos do negócio, a entrega de valor ao mercado é mais fácil de concretizar. Este alinhamento reduz custos, minimiza desperdícios, permite às organizações maior agilidade e resposta mais rápida às demandas.
As ineficiências são naturais e próprias nos negócios, especialmente quando as indústrias ou os negócios são relativamente novos, ou, por outro lado, foram crescendo modularmente sem uma estrutura pré-definida, ou um desenho operacional para a eficiência. Nestes casos é necessário identificar estas ineficiências, eliminar os gargalos operacionais e optimizar os fluxos de trabalho. Para que as empresas consigam aumentar a produtividade e a qualidade dos seus produtos ou serviços. Este aumento reflecte-se directamente na satisfação do cliente, que, por sua vez, impulsiona as vendas e o retorno financeiro.
Implementar uma gestão de processos eficaz exige uma transformação interna, e sabemos que o ser humano tem alguma resistência à mudança e ao que é novo. No entanto, é uma dor que inevitavelmente as organizações têm de passar para que as suas organizações cresçam. Superar estas barreiras requer liderança forte e comunicação eficaz, assegurando que todos os colaboradores compreendem os benefícios e a necessidade das mudanças propostas.
Os decisores empresariais têm aqui um papel muito importante e catalisador de mudança, pois geralmente são os principais percursores desta transformação, com uma mentalidade aberta e disposta a reconfigurar processos para sustentar a estratégia organizacional. Esta visão é o principal ponto de toque para garantir que as empresas não ficam estagnadas e conseguem acompanhar as evoluções do mercado.
A execução é outro ponto crítico, pois os decisores empresariais podem ter toda a boa-vontade do mundo, mas para que o projecto ganhe força é necessário garantir que a equipa de implementação está alinhada e incentivada para fazer o projecto acontecer, pelo que a gestão deste processo é fundamental para materializar os objectivos traçados e alcançar os resultados desejados.
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